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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘fábrica de polpas Sempre Viva’

Práticas sustentáveis marcam as operações das agroindústrias no interior da Bahia

sempre viva 2O objetivo de qualquer organização é obter o maior retorno possível sobre o capital investido, ou seja, gerar lucro e remunerar seus acionistas. No entanto, empresas que procuraram se alinhar à sustentabilidade, ao invés de reagir negativamente, acabaram descobrindo ganhos importantes de produtividade e competitividade.

De acordo com pesquisas realizadas pelos professores Geraldino Carneiro de Araújo e Paulo Sérgio Mendonça, para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade ambiental, é preciso modificar seus processos produtivos, o que implica construir sistemas de produção que não causem impactos negativos e que estejam contribuindo para a recuperação de áreas degradadas ou oferecendo produtos e serviços que contribuam para a melhoria do desempenho ambiental.

“São as organizações privadas as grandes operadoras desse modelo econômico. Para o setor empresarial, o conceito de sustentabilidade representa uma nova abordagem de fazer negócios que promove inclusão social, reduz e otimiza o uso de recursos naturais e o impacto sobre o meio ambiente, sem desprezar a rentabilidade econômico-financeira da empresa. Tal abordagem cria valor para o acionista, promove maior probabilidade de continuidade do negócio e proporciona significativa contribuição a toda a sociedade”, revelam os pesquisadores.

Realidade local

sempre viva 1No interior da Bahia, algumas empresas já estão contribuindo para a redução do impacto ambiental através de práticas sustentáveis. A fábrica de polpas Sempre Viva, localizada em Ibirataia, é um exemplo de preocupação com os resíduos gerados. De acordo com a engenheira de Alimentos, Maria Carvalho, a empresa tem uma área fora das suas imediações destinada a compostagem e são realizadas doações para associações do município como formas de diminuir o impacto gerado ao meio ambiente. “Há uma empresa que compra os resíduos plásticos gerados e doamos as tampas de isopores das embalagens dos tambores para uma associação onde crianças utilizam da criatividade e transformam esse material em arte”, destaca.

Além de ações localizadas, há também parceira entre empresas para reutilização dos resíduos e aplicação em outras atividades produtivas. “Temos parceria com uma empresa piscicultora da região. O processo é simples: os resíduos gerados após o processamento da goiaba, maracujá, melão, acerola e coco, são utilizados diretamente nos tanques dos peixes, não passando por nenhum processamento ou misturas com outras rações”, finaliza a engenheira de alimentos.

Agronegócio impulsiona desenvolvimento econômico no interior da Bahia

O crescimento do agronegócio baiano, sobretudo através de implantações de agroindústrias no interior do Estado, aponta para um dos indicadores da desconcentração espacial da atividade econômica e o desenvolvimento de diversas microrregiões. Até mesmo a agricultura, antes polarizada na fruticultura do Vale do São Francisco e no cacau no Baixo Sul, ganhou novas dimensões nas últimas décadas.

Neste caso específico, a motivação vem em grande parte das agroindústrias implantadas ao longo da última década em diversas regiões do sul ao norte do Estado, permitindo a redução da pressão demográfica sobre a capital e  mais oferta de empregos em cidades além da região metropolitana.

De acordo com Clóvis Torres, coordenador do Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias do Estado (FIEB), a  criação de novos polos industriais no interior da Bahia é fundamental para o surgimento de novos vetores de crescimento. “Naturalmente, a descentralização ajuda a minimizar a concentração da atividade industrial na região metropolitana, pois, a depender da atividade industrial, determinadas empresas podem atrair outras indústrias de transformação para essas regiões, impulsionando a atração de infraestrutura, capacitação de mão de obra, surgimento de novos campos de trabalho, oportunidades para exportação de produtos com maior valor agregado etc.”, afirmou.

Para Tasso Fair (foto), Diretor Executivo da fábrica de polpas Sempre Viva, localizada em Ibirataia, a chegada de novos empreendimentos que tenham a preocupação de contemplar os vetores econômico, social e ambiental pode contribuir para o desenvolvimento regional. “O investimento na infraestrutura e absorção da mão-de-obra regional são constantes, sendo assim, a Sempre Viva está focada crescer economicamente, mantendo a responsabilidade social e ambiental. Acreditamos que através das agroindústrias, podemos nos tornar uma máquina produtiva estável, gerando mais empregos e renda per capita considerável por todas as regiões onde o segmento está presente”, revela Tasso.

O professor de economia e diretor de indicadores e estatísticas da Superintendência de Estudos  Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Gustavo Pessoti, informou que, além das vocações regionais, a desconcentração econômica passa por investimento em infraestrutura no interior. “A Bahia vem desenvolvendo, nas últimas décadas, programas setoriais que favorecem a desconcentração da riqueza. Este movimento não é pontual. Ele é contínuo”, afirmou o professor. Ele destaca, por exemplo, a diversificação do parque industrial, com a implantação de fábricas de calçados, alimentos, eletrônicos e celulose no interior, e defende a articulação entre os governos federal, estadual e municipal e criação de uma Política Nacional de Desenvolvimento.





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