:: ‘Constituinte’
Sonia Carneiro destaca trabalho da imprensa na Constituinte
A jornalista Sonia Carneiro, representante do Governo da Bahia, em Brasília, foi condecorada hoje com a medalha Assembléia Nacional Constituinte, pela cobertura dos trabalhos realizados durante os 20 meses de elaboração da Carta de 1988. No total, 20 jornalistas fizeram parte da relação de agraciados, entre eles, Cristiana Lobo, Ricardo Noblat, Tereza Cruvinel, Raimundo Costa, Rubem Azevedo Lima, Luiz Gutemberg. Na ocasião, os chefes dos Três Poderes, e os constituintes receberam a medalha.
Sonia Carneiro cobriu a Constituinte como repórter da Rádio Jornal do Brasil e do Jornal do Brasil. De Brasília, comandou programa de debate da Rádio JB “Encontro com a Imprensa” entrevistando personalidades da sociedade civil e os parlamentares que participaram dos trabalhos colocando em debate as constantes disputas ocorridas no interior da sociedade em torno dos temas envolvendo as liberdades democráticas, os direitos sociais, e todos os avanços defendidos pelas organizações sociais.
Para a jornalista, a principal conquista da nova Constituição foi a garantia da liberdade de imprensa e de expressão do pensamento, e do respeito à cidadania sem discriminação de raça, sexo, cor ou religião. Para ela, sem o trabalho da imprensa a Constituinte não teria os avanços de hoje. Ela lembra que não havia celular nem as redes sociais. E destacou que os jornalistas trabalhavam dia e noite para dar conta do trabalho. As votações eram nominais, pois não havia painel eletrônico. “Era muito mais trabalhoso, mas valeu cada minuto”, disse.
Ao abrir a sessão solene que homenageou os 25 anos de promulgação da Constituição de 1988, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ressaltou que a Carta marca o fim do período autoritário no Brasil. “Há 25 anos, o Brasil transpôs um momento sombrio da sua história, quando as liberdades não eram respeitadas e a cidadania representava um sonho distante”, disse. Segundo ele, o Parlamento resistiu ao regime autoritário e “manteve viva a chama da democracia”.
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