:: ‘Biofabrica Moscamed Brasil’
Em Juazeiro, Dilma Rousseff e Rui Costa intensificam combate ao Aedes aegypti na Bahia

A presidente Dilma Rousseff e o governador Rui Costa visitaram, nesta sexta-feira (19), Dia Nacional de Mobilização Contra o Mosquito Aedes Aegypti, a biofábrica Moscamed Brasil, que desenvolve um método de controle biológico do Aedes aegypti em Juazeiro, no Norte da Bahia. Na ocasião, eles conheceram as instalações e detalhes sobre o projeto, que pretende reduzir populações naturais do mosquito com o cruzamento de machos transgênicos, que transmitem aos seus descendentes um gene que impede o desenvolvimento das larvas, com as fêmeas da natureza.

Durante a visita, Rui lembrou que a principal medida para controlar o Aedes ainda é não deixá-lo nascer. “Quando olhamos os dados das pessoas que tiveram dengue, zika ou chikungunya, 90% foram contaminadas em sua própria casa, então é preciso que todo mundo faça uma vistoria geral na sua residência. Se tiver algum vizinho que não cuida, a pessoa pode ligar para a prefeitura. A presidente Dilma lançou um decreto que permite que o agente de saúde, acompanhado de uma autoridade, possa entrar na casa e tomar as providências contra o mosquito”.

Bahia agiliza ações para controlar praga que afeta a fruticultura
Com 45 mil hectares, dos quais 17 mil cultivados por 2.800 agricultores familiares, o Vale do São Francisco produz em média 98% das frutas que são exportadas no país, com destaque para a manga, que abrange 90% da produção baiana que sai do Brasil. Com objetivo de manter esse status, e conter os prejuízos causados pela mosca-das-frutas, notadamente nesta região, o governo da Bahia, através da Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri) e a Biofabrica Moscamed Brasil, assinaram termo de cooperação para a disponibilização dos dados de monitoramento desse inseto no Vale do São Francisco, nos municípios de Juazeiro, Curacá, Sento Sé e Casa Nova. Essa praga é responsável por prejuízos da ordem de U$ 120 milhões por ano no Brasil, chegando a U$ 2 bilhões no mundo. Os órgãos também assinaram o termo de permissão de uso da unidade industrial, contando também com participação da Secretaria da Administração do Estado (Saeb), onde a sede da Moscamed está instalada.
“Para se ter ideia do potencial da praga, esta mosca é como se fosse a febre aftosa da fruticultura”, exemplificou o diretor presidente da Moscamed, Jair Fernandes Virgínio. Ele ressaltou que o controle da praga também contribui para a redução do uso de agrotóxicos, e em consequência disso, os trabalhadores serão menos expostos aos efeitos destes produtos e os consumidores terão frutas seguras, respeitando os limites máximos de resíduos exigidos pelas organizações internacionais. A Moscamed se consolida no desenvolvimento de pesquisas na área de controle biológico através da produção de insetos estéreis e geneticamente modificados.
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