:: ‘Associação Baiana de Equoterapia (Abae)’
Trabalho de equoterapia desenvolvido por PMBA e associação beneficia crianças e adolescentes com necessidades especiais
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em parceria com a Associação Baiana de Equoterapia (Abae), mantém um projeto que beneficia crianças e adolescentes com necessidades especiais, como paralisia cerebral, autismo, síndrome de Down, entre outras. A equoterapia é um método terapêutico que utiliza os cavalos como instrumento de reabilitação física, mental e social.
Fundado há 30 anos, o projeto é realizado em Salvador e em mais 17 municípios baianos pela Abae, uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que atualmente atende de forma gratuita 132 pacientes por semana. A associação conta com o apoio institucional da Polícia Militar da Bahia (PMBA), que cede os cavalos e a estrutura do Esquadrão de Polícia Montada para o tratamento.
A unidade especializada da PMBA fica localizada no Parque de Exposições de Salvador e possui uma estrutura adequada para a prática da equoterapia, com pista coberta, sala de fisioterapia, sala de psicologia, sala de pedagogia e sala de fonoaudiologia. Os cavalos são treinados e cuidados por profissionais da PM, que também participam das sessões como auxiliares.
Centro de Equoterapia oferece tratamento gratuito a crianças com deficiência
Cento e trinta e três crianças e adolescentes com necessidades especiais estão se beneficiando de um método que utiliza cavalos como ferramenta terapêutica, desenvolvido pela Associação Baiana de Equoterapia (Abae), no Parque de Exposições de Salvador. A ação é uma parceria com o Esquadrão de Policia Montada da Policia Militar e tem o objetivo de expandir a oferta do tratamento gratuito na Bahia, além de promover a inclusão social de pessoas com deficiências.
“O andar do cavalo ajuda a melhorar o controle de tronco e a ajustar a postura através dos movimentos tridimensionais que o ato de cavalgar oferece. O trote que o animal emprega transmite estímulos que tratam uma série de desequilíbrios e melhoram a destreza motora, a autoestima e a comunicação dos pacientes”, explica a fisioterapeuta Simone Santana.
Para a mãe de Saulo Gabriel, 9 anos, Camila Brito, o tratamento tem trazido bons resultados para a vida do pequeno. “Percebi uma grande melhora dele. Ele é autista e tem dificuldades com concentração. Quando nós entramos no programa era muito agitado. Agora está mais calmo e comunicativo. Ele interage com cavalo sem medo e anda com mais coordenação também”.
A Abae atua há mais de 20 anos, facilitando, principalmente, o acesso de famílias de baixa renda à equoterapia. “O programa amplia e atende as expectativas das famílias que lutam há muitos anos pela recuperação de seus filhos. Todo o procedimento de admissão das crianças parte de um cadastro. Depois uma entrevista com um profissional de saúde estabelece qual é a atividade e o programa mais adequado necessário para cada uma delas”, explica a superintendente da entidade, Maria Cristina Guimarães.
A Polícia Militar disponibiliza os animais utilizados no processo de reabilitação, o espaço físico e membros do batalhão, que acompanham e ajudam nos procedimentos. De acordo com o Comandante do Equadrão de Polícia Montada, major Aloysio Herwans, o serviço tem grande relevância social para toda a sociedade.
Ele enfatiza que “o sucesso desse atendimento é tão grande”, que a intenção é interiorizar para outras unidades da cooperação, “levando esse tratamento extremamente positivo para diversas regiões da Bahia como Feira de Santana, Itabuna, Santo Antônio de Jesus, Paulo Afonso, entre outras”.
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