“A vida e a culinária na obra de Jorge Amado” foi o tema central da palestra proferida no centro cultural Bataclan, em Ilhéus,  por Paloma Amado, uma das filhas do escritor grapiúna. Antes, porém, aconteceu a apresentação do contador de histórias grapiúnas e ator José Delmo, que narrou por cerca de 20 minutos episódios de obras amadianas, seguida de receptivo de personagens de Jorge Amado, mesclando literatura e gastronomia, encerrando num bate-papo sobre culinária. O local foi o centro cultural Bataclan, localizado na avenida 2 de Julho, centro.

Para um público formado por jornalistas, apreciadores das obras do consagrado escritor mais traduzido do país e por estudantes do Instituto Nossa Senhora da Piedade, Paloma Amado contou que os seus trabalhos de pesquisa sempre foram baseados nos romances do pai que resultaram na publicação de dois livros de sua autoria sobre receitas da comida baiana. “Também este é um momento raro dentro da programação do centenário do nosso escritor grapiúna, que nesta região teve grandes amigos, dentre eles, Adonias Filho, Demónstenes Berbert de Castro e Raimundo Sá Barreto”, declarou.

Considerado um dos famosos cabarés e cassinos de Ilhéus frequentado por coronéis do cacau, o Bataclan entrou em decadência com a proibição do jogo no país. Reaberto em 2004, como centro cultural Bataclan, foi mantida a fachada e preservados os cenários do bordel, contado numa das obras do escritor Jorge Amado. O local que é administrado pela iniciativa privada e conta com espaço ocupado por restaurante, choparia, cybercafé, salão para exposições e apresentação de teatro e shows.