
Direção da EMASA questiona SINDAE pela decisão de paralisar atividades dos trabalhadores da empresa
A direção da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) tomou como surpresa a decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (SINDAE) que, em assembleia geral extraordinária realizada na última quinta-feira, dia 21, na Estação Tratamento de Água (ETA), no São Lourenço, resolveu pela paralisação de 24 horas das atividades da empresa.
Em nota publicada no seu portal, a entidade sindical alega de forma equivocada e faltando com a verdade, que nos últimos meses a EMASA vem sendo sucateada para uma possível privatização.
Para o presidente da EMASA, Ivan Maia, em nenhum momento foi cogitada a privatização da EMASA. “Isto jamais foi cogitado, a privatização da EMASA. O que o município está fazendo de forma transparente perante toda a sociedade é colocar os estudos realizados para buscar o melhor caminho para novos investimentos que possam resolver a questão do tratamento de esgoto de Itabuna e a revitalização ambiental do Rio Cachoeira”, afirmou.
Ele assegurou que não haverá prejuízos e desemprego para os colaboradores da EMASA em qualquer decisão que futuramente venha a ser tomada e contestou a falsa afirmação do sindicato de sucateamento da empresa.
“Seja qual for o caminho apontado pelos estudos, nenhum funcionário da EMASA será prejudicado. Uma coisa é certa: a empresa não será privatizada, porque é um patrimônio de Itabuna e os colaboradores terão seus direitos assegurados. Além do mais, foram investidos mais de R$ 30 milhões na empresa. Portanto, onde está o tal sucateamento?”, questionou o presidente.
Na assembleia realizada pelo SINDAE, além da paralisação, anunciada para o próximo dia 26, ficou definida a realização de um protesto na Praça José Bastos contra a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), cuja primeira oficina será realizada pela Prefeitura de Itabuna, através da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB), naquela data às 14 horas na UNEX.
O presidente Ivan Maia fez nova contestação sobre a posição do SINDAE, já que o PMSB é de responsabilidade da Prefeitura e atende à determinação da Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto 7.217/2010, estabelecendo que todos os municípios brasileiros devem elaborar um Plano Municipal de Saneamento Básico para garantir o acesso pleno da população aos serviços de saneamento básico.
“Beira o absurdo, o sindicato protestar contra uma Lei Federal uma vez que escolheu o dia em que a Prefeitura realizará as discussões com a comunidade sobre o PMSB para protestar. Os dirigentes do SINDAE, poderiam participar da Oficina do PMSB e contribuir com boas sugestões. A direção da EMASA prioriza o diálogo e trabalha para encontrar o melhor caminho que leve ao saneamento total de Itabuna”, realçou.
Ivan Maia disse ainda que respeita o papel do sindicato, mas que qualquer medida que venha prejudicar a EMASA e, principalmente, os serviços essenciais prestados à comunidade serão questionados dentro do que estabelece a Justiça.