Dr. Eduardo Kowalski Neto

O Centro de Pesquisas Clínicas da Santa Casa de Itabuna está participando de um estudo internacional sobre o tratamento do câncer de bexiga. A pesquisa para avaliar o paciente com a doença e encontrar o melhor tratamento com uso de fármacos alternativos é realizada em 199 centros investigativos de 14 países.

Conduzido pelo médico oncologista Eduardo Kowalski Neto, com colaboração do farmacêutico Bruno Setenta, o denominado “Estudo de Biomarcadores para Identificar Participantes com Câncer Urotelial e Aberrações no Gene do Receptor do Fator de Crescimento de Fibroblastos” contou com a participação de 11 pacientes em tratamento na Unidade de Quimioterapia da Santa Casa de Itabuna.

Realizada no período de 1º de agosto de 2019 a 19 de setembro de 2022, a primeira etapa do estudo clínico internacional foi aprovada no 13 de abril deste ano. A segunda etapa da pequisa consiste no acompanhamento do estado clínico do paciente e manutenção do tratamento ofertado no período.

MAIS UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO

O médico Eduardo Kowalski explica que, ao participar dos estudos, a Santa Casa de Itabuna demonstra contar com equipamentos e tecnologia igual a outras instituições e hospitais de referência no mundo. “Além disso, o resultado obtido comprova o sucesso que tivemos e estamos tendo com essa empreitada”, afirma

O oncologista destaca que atualmente o tratamento de paciente com câncer na bexiga é feito com aplicação de injeção ou procedimento cirúrgico, a depender de cada situação.  “O nosso estudo trouxe mais uma opção de tratamento, que é o uso de comprimidos. Isso facilita muito a vida do paciente que passa a contar com a possibilidade ingerir o medicamento de onde esteja”, observa.

Para Eduardo Kowalski, a utilização do medicamento via oral significa praticidade e é menos dolorido para a pessoa em tratamento do câncer de bexiga. O médico acrescenta que a tendência da medicina é a substituição de procedimento invasivo pelo tratamento via oral. “Os envolvidos nos estudos estão participando da vanguarda do tratamento”, assegura o médico.

RESULTADOS POSITIVOS

De acordo com o médico, o estudo apresentou resultados positivos, com pacientes apresentando boa evolução. Agora, a expectativa é para a análise da medicação pela vigilância sanitária dos Estados Unidos. Sendo liberado para produção e comercialização, passará pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além de Brasil, o estudo inclui participantes da Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia, Turquia, Ucrânia. A pesquisa é patrocinada pela Janssen Research & Development, LLC.