A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) completou dez anos da sua lei de criação com diferentes notícias boas para compartilhar com a sociedade. Além da nota 5 no Índice Geral de Cursos e do conceito máximo no processo de Recredenciamento Institucional, da acolhida de novos alunos, a instituição também chega à primeira dezena de programas de pós-graduação (PPG) stricto sensu. Aos cursos já existentes somam-se os recém-criados PPGs em Artes, que funcionará junto ao Centro de Formação em Artes e Comunicação (CFAC), e o PPG em Engenharia Civil e Ambiental, ligado ao Centro de Formação em Tecno-Ciências e Inovação (CFTCI) em associação com a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). A criação de novos cursos em nível de mestrado e doutorado no Brasil requer apreciação e aprovação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC)

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Maria do Carmo Rebouças da Cruz Ferreira dos Santos, avalia que a aprovação das Avaliações de Propostas de Cursos Novos (APCNs) indica a maturidade institucional e científica da UFSB, apesar da pouca idade. “Dentre vários requisitos exigidos pelas coordenações de áreas da CAPES – instâncias especializadas, organizadas de acordo com as áreas de pesquisa, responsável pela avaliação das propostas de novos cursos – podemos destacar o comprometimento institucional da universidade, evidenciado com a disponibilização de estrutura adequada para funcionamento do curso, instalação física, biblioteca, laboratórios, além de adequação ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade e o atendimento de uma demanda territorial, assim como a alta produtividade docente e capacidade de pesquisa”, explica a gestora.

Ela continua a análise sobre o ponto atual da pós-graduação na UFSB e avança algumas perspectivas:

“Termos dez cursos de mestrado e dentre estes, dois de doutorado, demonstra que a universidade vem cada vez mais se preparando para oferecer aos (às) docentes e pesquisadores(as) os meios necessários para a pesquisa e a pós-graduação de qualidade e por sua vez, os(as) docentes/pesquisadores(as) vêm se destacando em suas áreas de pesquisa, demonstrando a produtividade qualificada e necessária para atender as demandas de pós-graduação e pesquisa de nosso território.

Por outro lado, estamos cientes de que a ampliação dos nossos cursos vai requerer um maior planejamento e monitoramento tanto das ações acadêmicas como institucionais dos programas. Para isso, já contamos com uma nova Coordenação de Criação, Monitoramento e Avaliação dos PPGs que estará encarregada de orientar as unidades acadêmicas e os cursos de Pós-Graduação da UFSB na estruturação e execução dos cursos de pós-graduação. Além disso, essa coordenação deve acompanhar e apoiar os processos de avaliação interna e externa nos cursos de Pós-Graduação. Contamos também com a Coordenação de Ensino e Gestão Acadêmica, que tem a finalidade de orientar e supervisionar o funcionamento do sistema de gestão acadêmica dos cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu; as demandas relacionadas aos currículos e práticas pedagógicas dos cursos de Pós-Graduação; os processos seletivos dos cursos de Pós-Graduação;o gerenciamento de bolsas e a gestão de informação sobre a pós-graduação.

Certamente, precisaremos otimizar rotinas e fluxos da gestão acadêmica para uniformização e melhor atendimento aos programas e, no futuro, com aumento do orçamento da universidade e liberação de concursos para técnicos-administrativos, termos maior apoio para a secretaria acadêmica da pós-graduação.

Após uma política de estrangulamento da educação e da ciência – inicialmente com a Emenda Constitucional do Teto de Gastos e, posteriormente, com sucessivas gestões negacionistas sobre a importância da educação e da ciência para o desenvolvimento do país -, com a mudança na gestão federal e alinhamento dos programas de governo federal e estadual, atendendo também uma demanda das redes de universidades, de pró-reitores de pesquisa e pós-graduação e de associações científicas, abre-se uma oportunidade não somente de retomada da pesquisa científica no país, mas sobretudo de alinhamento dessas pesquisas, sejam elas básicas ou aplicadas, aos objetivos de desenvolvimento sustentável do país. Isso têm significado a participação das universidades – articuladas por suas pró-reitorias de pesquisa e pós-graduação – por meio de seus PPgs, grupos de pesquisas e pesquisadores(as), em editais estruturantes, em comitês e redes de pesquisa, como nas áreas do hidrogênio verde, do biocombustível, da saúde, só para citar algumas áreas. Devemos ter em conta, também, enorme interesse do governo estadual no alinhamento do ensino básico e superior e em abrir canais de fomento para isso.”