ant i fPublicado pela Editora Mondrongo, de Itabuna, o livro Antifascistas reúne algumas das mais importantes vozes da literatura de língua portuguesa no mundo, como Luiz Fernando Veríssimo, Pilar del Río, José Eduardo Agualusa, Valter Hugo Mãe, Maria Valéria Rezende e outros autores que escreveram em torno do tema da resistência.

A obra tinha lançamento agendado na Primavera Literária, em Paris, e em Portugal, com apoio da Fundação José Saramago, depois São Paulo, Rio, Salvador, Recife e João Pessoa, mas tudo teve que ser adiado devido à pandemia do Coronavírus. Foi quando Leonardo Valente e Carol Proner, organizadores da antologia, decidiram realizar não apenas um, mas oito eventos virtuais, envolvendo todos os escritores participantes.

A cada quinta-feira, sempre às 16h, no canal do YouTube TV247, um grupo debate as temáticas abordadas no livro. Nesta quinta (28) o Nordeste está na pauta com a presença de Urariano Mota, Maria Valéria Rezende, Hildeberto Barbosa Filho, além de Gustavo Felicíssimo, que além de editora da Mondrongo, é também participante da antologia com a crônica “O valor das coisas”, além de Leonardo Valente e Regina Zappa que mediam os debates.

Foi um acontecimento pontual, ocorrido na Festa Literária de Paraty (Flip) de 2019, que despertou em Leonardo Valente a vontade de lançar este livro. Segundo ele “houve uma manifestação violenta por parte de um grupo de extrema direita no dia da participação do jornalista Gleen Greenwald e eu quis responder de alguma forma a esse ódio. Mas decidi que seria através da literatura, então liguei para Gustavo e na hora ele topou.

Quando a Flip acabou eu já estava com dez nomes confirmados, os autores foram todos muito generosos e abertos”, lembra. Para Carol Proner a literatura é uma das formas mais efetivas, leves e acessíveis de denúncia contra a intolerância. “O tema que une todos os autores é o da luta pela democracia. É uma reação ao que já vinha acontecendo no Brasil antes da chegada do Coronovírus e que agora ficou ainda mais evidente”, ressalta.

“Antifascistas: Contos, Crônicas e Poemas de Resistência” é mais um exemplo de como a literatura pode ser uma forma muito potente de comunicação e de registro através do qual os leitores serão constantemente provocados pela atemporalidade do tema central.