Em junho deste ano, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, anunciou alterações no Minha Casa Minha Vida, dividindo o programa habitacional em linhas de acesso, com diferentes critérios. Essas mudanças, que serão encaminhadas ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei, serão discutidas nesta sexta-feira (30), em Salvador, em um seminário aberto ao público que acontecerá no auditório Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia. O evento é promovido pela Câmara dos Deputados, através da Comissão de Desenvolvimento Regional, em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa das Cidades e das Engenharias da ALBA, presidida pela deputada estadual Maria Del Carmen (PT).

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Autor do requerimento que determina a realização de seminários nas cinco regiões do país para debater o tema, o deputado federal Joseildo Ramos (PT/BA) diz-se preocupado não apenas com as mudanças, mas até mesmo com a continuidade do programa que fornece casas populares a famílias de baixa renda há uma década. Para ele, a habitação social deixou de ser “pauta prioritária” do Governo com a eleição de Bolsonaro. “Desde o começo do ano, estão atrasando pagamentos às empresas envolvidas com o Minha Casa Minha Vida. Há cerca de 250 mil unidades pendentes e uma dívida acumulada em R$ 500 milhões. O Ministro diz que não tem dinheiro, mas me parece que a presidência prefere gastar com outras questões, e com isso estão deixando de botar um teto sobre a cabeça de quem não tem pra onde ir”, alertou o parlamentar.