mariel2

(Prensa Latina) O Terminal de Contêiners de Mariel, primeiro usuário da Zona Especial de Desenvolvimento localizada no ocidente de Cuba, pretende se converter em um hub (centro de distribuição).

marielSituado dentro de uma baía de águas profundas, se localiza no centro das principais rotas marítimas dos eixos norte-sul e leste-oeste que exigem um segundo porto de transbordo na região do Caribe e do Golfo do México, o que o coloca em uma posição vantajosa para o comércio com a costa leste dos Estados Unidos, segundo um artigo publicado hoje no jornal Granma.

O Terminal, inaugurado há cinco anos, está desenhado para operar navios NeoPanamax e possui 702 metros lineares de leito e uma profundidade de 17,9 metros em toda sua caixa de ancoragem enquanto a área para manobra dos navios tem um diâmetro de 500 metros e uma profundidade de 15,9.

No caso dos investimentos com mira no futuro, uma das razões pelas que se criou é o transbordo internacional para assim se converter em um hub (centro de distribuição). “Para esse objetivo, ainda falta terminar de preparar o porto para que navios maiores possam entrar”, explicou Charles Alistair Baker, diretor geral.

Neste processo já trabalham as empresas de dragado cubanas, pois implica alargar e aprofundar o canal de acesso. Durante 2019, devem ir terminando por fases e antecipamos que no decorrer do ano entrarão navios maiores dos que estamos manejando hoje em dia, explicou.

Em sua opinião, isto é um passo crítico porque o Terminal está desenhado para isso e quando isto acontecer poderemos começar a negociar com algumas anves internacionais a possibilidade de que os serviços regulares que vêm à região se descarreguem em nosso país e depois, com um navio mais pequeno, sejam levados a seus destinos finais.

A conclusão do projeto implica terminar 1.700 metros de leito e 95 hectares de pátio, o que permitirá atingir por etapas os 2.400 metros de leito e uma capacidade operacional anual de mais de três milhões de teus (uma teu é a capacidade de carga de um contêiner padrão de 20 pés).

O Terminal é uma empresa cem porcento cubana e administrada, além disso, por um contrato de a longo prazo com a PSA International, primeiro operador portuário no mundo, detalha o material. “Foi concebido com crescimento econômico e, apesar de estarmos levemente atrás na evolução da renda, esperamos poder superar essa demora nos volumes de carga”, apontou o diretor.

“Vamos acompanhando muito de perto a evolução econômica do país e sabemos que tem seus desafios, maiores com a eleição em 2016 de um novo governo nos Estados Unidos que tem sido mais duro na implementação de suas normas contra Cuba”, acrescentou.