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“Eu não tinha perspectiva. Depois que vim para cá, eu passei a ver o mundo com outros olhos”. A declaração de Gibson Cabral, interno da Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, reflete as mudanças provocadas pela arte. Ele é um dos participantes do projeto Libertarte, que utiliza a criação artística como instrumento de ressocialização.

arte 1A iniciativa promove a capacitação dos detentos para montagem de mosaicos – técnica de composição de imagens em quadros e superfícies, a partir de retalhos de cerâmica e outros materiais. “Há dois anos, eu fui convidado para desenvolver esse projeto. Nós fazemos imagens e desenhos que tocam o coração e vão além das grades. A gente dá o suporte artístico e técnico”, explica o artista plástico Eliezer Nobre.

De acordo com o diretor da Penitenciária Lemos Brito, Rogério Lopes, a mudança no comportamento dos presos é significativa após a participação no projeto. “Depois que o interno passa a interagir e participar desse processo, nós conseguimos perceber que ele fica mais tranquilo e mais sociável”, comenta.

Gibson Cabral acrescenta que o Libertarte “resgata, traz de novo os sentimentos mais humanos das pessoas. A arte ajuda muito a recuperar o nosso ser. Este é o caminho para trazer as pessoas de volta para a sociedade”. O projeto é tema de vídeo da série ‘Educar para Transformar’, produzida pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom).