Daniel Thame

daniel na TVI 3 A decisão da Copa do Brasil entre Palmeiras e Santos mostrou que futebol é momento, embora para alguns o tal momento dure mais e para outros dure menos.

Lembremos que nas semifinais o Santos passou como um bólido de Fórmula 1 pelo São Paulo e seu futebol Fusquinha 66, enquanto que o Palmeiras suou sangue para passar pelo Fluminense na loteria dos pênaltis.

Naquele momento, mesmo com o Corinthians liderando o Brasileiro, que por sinal conquistou com os dois pés nas costas, o Santos jogava o mais vistoso futebol do país, com um meio campo criativo comandado por Lucas Lima e um ataque letal, com o artilheiro Ricardo Oliveira.

Naquele momento, o Palmeiras primava pela irregularidade, a ponto do técnico Marcelo Oliveira ter seu cargo ameaçado.

Foi ai que o Santos, por conta dos jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, aceitou adiar a decisão da Copa do Brasil por 30 dias, achando que passar pelo Palmeiras era mera formalidade.

Ou que seu momento mágico não tinha prazo de validade.

Tinha. Um mês foi suficiente para o Palmeiras se tornar um time competitivo, nenhuma maravilha da bola, mas capaz de lutar de igual para igual com o Santos, como se viu nos dois jogos finais.

Na Vila Belmiro, jogo de ida, o Santos teve a chance de matar a decisão, mesmo sem apresentar um grande futebol, porque o Palmeiras parece ter entrado em campo para perder de pouco. Perdeu só de 1×0.

No jogo de volta, numa Alianz Arena ensandecida, o Palmeiras foi muito melhor do que o Santos e merecia ter vencido já no tempo normal. Lucas Lima esteve irreconhecível, Gabriel foi uma sombra e Ricardo Oliveira foi o solitário que levou o jogo para a loteria dos pênaltis.

Ai, nesse imponderável, fez-se justiça e o Palmeiras ficou com o título.

Com um erro só é bobagem, o Santos que tinha a vaga da Libertadores na mão via Brasileirão, abriu mão da competição para focar a Copa do Brasil.

Resultado: dançou.

Então, se futebol é momento, para o Santos o momento é de reflexão.

Para o Palmeiras, o momento é de festa, eterna enquanto dure e infinita até que acaba, como diria um certo Vinicius.

Porque sempre acaba.

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É gol- Neymar está entre os três melhores do mundo, Dessa vez, Messi leva, mas a hora de Neymar está chegando.

E vai chegar, porque esse menino Neymar é um gênio da bola.

É pênalti- O FBI continua desfalcando os quadros da FIFA e reforçando os quadros do time da penitenciária. Treme, Del Nero.