Ministério Público denuncia médica à Justiça e pede reconstituição do crime contra irmãos
26/out/2013 . 11:19
Katia Vargas: duplo homicídio e prisão mantida
O Ministério Público Estadual denunciou ontem (25), à Justiça, a médica Kátia Vargas Leal Pereira por duplo homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa das vítimas e pelo perigo comum. Responsável pela denúncia, a promotora de justiça Armênia Cristina Santos também pediu a reconstituição do crime que resultou na morte dos irmãos Emanuel e Emanuele Gomes Dias no bairro de Ondina, na busca de esclarecimentos desde o momento em que a ré deu a “fechada” nas vítimas até o momento da execução do crime, considerando que as imagens capturadas em câmeras próximas trouxeram apenas parte das ações perpetradas. Com isso, ela entende que serão trazidos elementos relacionados à velocidade e dinâmica dos atos praticados, que resultaram nas mortes das duas vítimas.
os irmãos Emanoel e Emanuelle
Segundo o inquérito policial oriundo da 7ª Delegacia de Polícia, no último dia 11, a médica arremessou o veículo que dirigia contra uma moto pilotada por Emanuel Gomes Dias que trazia na garupa sua irmã Emanuele Gomes Dias, projetando-os contra um poste, resultando na morte instantânea dos irmãos no bairro de Ondina. A ação, explica a promotora de Justiça, caracteriza-se pelo perigo comum, considerando que fora perpetrado em via pública de grande fluxo de veículos e pedestres, próximo de um ponto de ônibus, centro comercial e clínicas com grande movimento no horário. Diante do acidente, o coordenador do Núcleo do Júri (NUJ), promotor de Justiça Nivaldo Aquino, foi designado para acompanhar o Inquérito Policial até a sua conclusão.
Em conjunto com ele, acompanharam o caso, até a finalização do inquérito, os promotores de Justiça Davi Gallo e Raimundo Moinhos. Após essa fase, seguindo o procedimento padrão, o Ministério Público recebeu o inquérito da Polícia Civil e distribuiu, através de sorteio eletrônico, para um dos promotores de Justiça criminais. Foi sorteada a promotora de Justiça Armênia Cristina Santos, que teve um prazo de cinco dias e, após as devidas análises denunciou a médica ao 1º Juízo da 1ª Vara Criminal. O juiz, após receber a denúncia, vai se pronunciar e dar um prazo de 10 dias para a defesa, seguindo-se a oitiva das testemunhas. Todo esse procedimento será acompanhado agora pelo promotor de Justiça Cássio Marcelo de Melo Santos, que atua na referida Vara Criminal. De acordo com a gravidade do crime, a ré, que se encontra recolhida ao Presídio Feminino, poderá cumprir uma pena mínima de 24 anos.
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Essa destemperada mulher merece cadeia, sofrer para regatar o mal q fez às famílias, conviver com os afins. O bom da história é q nos livramos dessa pseudomédica, com o ocorrido conhecemos o carater e o temperamento dessa maluca. N esquecam o nome dela: Kátia Vargas Leal Pereira, criminosa de dois jovens.
Como perito criminal aposentado e depois de ler as declarações irresponsáveis do perito Ricardo Molina, não posso deixar de vir aqui dar a minha opinião sobre as imagens deste acidente que custou a vida a duas jovens pessoas. Estou escandalizado com o parecer do perito Ricardo Molina. O que Molina falou é uma grande asneira. Um perito honesto e competente jamais afirmaria algo assim por uma questão de ética profissional. Qualquer pessoa que visionar os dois vídeos verá que no primeiro, o carro dirigido por Kátia Vargas se encontra na faixa esquerda e a moto dos jovens na faixa da direita. Na sequência seguinte, com a moto já lançado ao chão, vê-se o carro da médica saindo da faixa da direita para a esquerda.
Ora, a condutora do Kia mudara de faixa. E por que razão? se ela tivesse continuado na faixa da esquerda, onde vinha, ela teria ultrapassado a moto dos jovens sem causar acidente algum. Todavia, ela passou para a faixa da direita com o propósito claro de lançar o seu carro contra a moto, mesmo que para desequilibrá-la, e depois seguir adiante. Observem que, no momento em que o carro de Kátias Vargas surge no segundo vídeo, ele aparece vindo da faixa da direita rumo à faixa esquerda. E como vinha em velocidade talvez superior à permitida naquele trecho, para evitar uma colisão com os carros que vinham em sentido contrário, ela tentou corrigir a trajetória do seu carro mas, sem sucesso, e o Kia foi chocar-se com um portão mais abaixo. Se não viesse em velocidade elevada, o carro não teria derrapado da maneira como se vê nas imagens.
Ao dizer que “o carro da médica já havia ultrapasado a moto quando esta se acidentou”, Ricardo Molina comete um grave êrro de avaliação e suas declarações em relação à perícia criminal baiana são dignas, não de um colega honesto e competente, porém de um fanfarrão, grosseiro e mercenário a soldo de quem lhe pague mais. Ricardo Molina é uma vergonha para a classe dos peritos criminais e o juiz não deveria considerar o seu parecer. Ou então que se decida por um terceiro parecer vindo de um profissional idôneo e responsável. Mas as imagens falam mais alto do que qualquer tentativa de embuste e de ocultar a verdade sobre este crime insensato. A médica Kátia Vargas abalroou a moto dos dois jovens, depois perdeu o controle de seu veículo e chocou-se contra uma grade.
Ao Juiz de fazer justiça.