
Chuva esvazia 7 de Setembro em Itabuna
Mais do que a ameaça de protestos, que durante o desfile se limitaram à distribuição de folhetos pedindo, entre outras coisas, a redução da jornada de trabalho, a democratização dos meios de comunicação e o controle do processo de terceirização na contratação de trabalhadores, foi a chuva quem esvaziou as comemorações do 7 de setembro em Itabuna.
A avenida do Cinquentenário, local do desfile, exibia grandes espaços vazios, ao contrario dos anos anteriores,
A grande concentração de pessoas se reumiu ao trecho em frente à praça Camacan, onde foi instalado o palanque oficial, onde estava o prefeito Claudevane Leite.
A chuva que cai desde a noite de ontem na região afugentou as pessoas, mas não afetou a ironia dos itabunenses.
Assim que foi anunciado o desfile de uma escola de Buerarema, alguém gritou: “e o Cacique Babau veio?”
Cacique Babau é o auto-intitulado líder tupinambá, tido como responsável por dezenas de invasões de propriedades rurais, que tem gerado uma onda incontrolável de violência.
Não, o Cacique Babau não veio. Pelo menos por ora, nem ele nem a Funai ainda consideram Itabuna um território indígena.
No caso de Babau e da Funai, a palavra “ainda” faz todo o sentido.