Os três assassinos confessos de Deijiane Ferreira Lima, de 19 anos, morta a facadas, no dia 16 de outubro deste ano, na 3ª Travessa Djalma Batista, em Vila Coração de Jesus, na Fazenda Grande II, foram apresentados à imprensa, na manhã desta segunda-feira (22), no edifício-sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O crime foi motivado por rivalidades relacionadas ao tráfico de drogas na região.

A apresentação foi conduzida pelo diretor do DHPP, delegado Arthur Gallas, e pela titular da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), delegada Clelba Regina Teles, que deram detalhes da operação para captura dos criminosos, que tinham mandados de prisão temporária em aberto. No dia do crime, Daiane Almeida dos Santos, 22, companheira de Deijiane, foi ferida com várias facadas e socorrida ao Hospital Roberto Santos, onde, depois de ouvida por policiais, apontou o traficante Alan Reis Silva, 18, como um dos responsáveis pelo ataque.

Preso, no sábado (20), por uma equipe do 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no bairro Cidade Nova, no município de Serrinha, distante 180 quilômetros de Salvador, Alan estava com os também traficantes Almir Rodrigues Leite, 21, e Olival Silva Conceição, 18. A PM chegou até eles depois de denúncias sobre três homens suspeitos que rondavam aquele bairro há alguns dias. Escondido no quintal de uma casa abandonada, o trio   tentou fugir quando percebeu a chegada dos policiais, mas acabou capturado.

Depois de conduzidos à Delegacia Territorial (DT/Serrinha), os traficantes confirmaram que tinham fugido de Salvador, onde haviam cometido um homicídio. Disseram ainda que fugiram para Serrinha logo depois do crime a procura de um tio de Almir, que moraria na cidade. À delegada Clelba Regina Teles, eles confessaram ter atacado as duas mulheres porque Daiane queria assumir o controle do tráfico na Vila Coração de Jesus e adjacências.

Alan disse ainda que fora convidado a traficar para ela, mas recusara a proposta, o que levou Daiane, em represália, a ordenar que um grupo de comparsas ateasse fogo, uma semana antes do crime, ao barraco de Alan, usado como ponto de venda de drogas, na Vila Romana, também na Fazenda Grande II. Alan, Almir e Olival permanecerão custodiados no Complexo Policial da Baixa do Fiscal, à disposição da Justiça.