UM BARRIL DE PÓLVORA NO SUL DA BAHIA
De um lado, os fazendeiros acusam os índios pataxós de aproveitarem o período de carnaval para promoverem uma série de ocupações de fazendas em Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan, numa área que há décadas é alvo de disputa judicial.
Do outro lado, os índios alegam que os fazendeiros estão contratando pistoleiros e que vão reagir a qualquer tentativa de intimidação.
O saldo dessa disputa é de cerca de 40 fazendas invadidas, um índio que teria morrido por falta de atendimento médico (funcionários de uma fazenda impediram a passagem de um carro para prestar socorro) e ameaças nem tão veladas de parte a parte.
Pelo histórico de violência nessa disputa, com mortos em ambos os lados ao longo dos anos, o Governo do Estado, em parceria com o Ministério da Justiça, vai intervir para evitar um confronto de conseqüências imprevisíveis. A hora é do governador Jaques Wagner mostrar a sua conhecida vocação para o diálogo.
Pede-se encarecidamente aos radicais -e eles existem dos dois lados- baixem as armas. No sentido figurado e no sentido literal.











