
PESQUISADOR DEFENDE QUE ESTRUTURA DA CEPLAC SEJA UTILIZADA PELA UFESBA
O pesquisados da Unicamp e produtor de cacau e de chocolate no Sul da Bahia, Gonçalo Guimarães Pereira é um dos defensores de que parte da estrutura da sede regional da Ceplac, na rodovia Ilhéus-Itabuna, seja utilizada pela futura Universidade Federal do Sul da Bahia, que terá campus e reitoria em Itabuna e campiem Porto Segurode Teixeira de Freitas.
De acordo com Gonçalo, “existe um precedente importante. O Planalsucar foi extinto na época do Collor, similarmente ao que aconteceu à CEPLAC. Entretanto a CEPLAC, por pressão política, foi mantida como uma organização exótica dentro do Ministério da Agricultura”. “Os servidores Planalsucar, em um primeiro momento, ficou no vácuo. Foram quase dois anos de indefinição e angustias para os colegas pesquisadores, os quais foram e são os responsáveis pela maior parte das variedades de cana existentes no país”.
Ele explica que “o Governo Federal adotou a sábia decisão de converter os pesquisadores em professores de Universidades Federais que assumiriam a extraordinária estrutura física e acervo do Planalsucar. Hoje unidades de excelência, como a Universidade Federal de São Carlos, e todos os campi se favoreceram de forma dessa relação”. Além disso, diz, os pesquisadores das diferentes unidades se uniram em uma rede de pesquisa, denominada Ridesa, que continuam o melhoramento integrado da cana de açúcar e a quem o país hoje deve muito da sua energia renovável.
“Espero sinceramente que a proposta se concretizee que possamos ver a CEPLAC ressurgindo como base de apoio para a Universidade Federal do Sul da Bahia, com um forte cunho tecnológico e biotecnológico”, afirmou Gonçalo Pereira.
Pra quem não é daqui, ou não vive nossos problemas é facil de depois de tanta luta em conseguir o campus e a sede em Itabuna simplesmente sugerir instalá-la na Ceplac que é em Ilhéus.
O pesquisador em questão deve entender de Cacau, mas da nossa realidade econômica nada.
Itabuna vem por anos carregando toda uma região nas costas, sendo suporte nas áreas de saúde e educação, por exemplo. A UESC, que fica territorialmente em Ilhéus, nasceu da união das faculdades das duas cidades, mas colhe todos os frutos, desde os impostos e encargos gerados pelo seu funcionamento a renda per-capta contabilizada em seu município, Itabuna sequer é lembrada como formadora desta importante universidade. Nada mais justo que por uma questão de equilibrio entre as duas cidades que a sede da UFESBA fique aqui, como de direito.
O deputado está corretíssimo e não há o que discutir, o anuncio feito pela presidenta Dilma foi: Universidade Federal do Sul da Bahia com sede em ITABUNA e campus em Teixeira de Freitas e Porto Seguro.
Sugiro inclusive que a imprensa Itabunense aborte sugestões deste tipo, que ao meu ver ferem uma conquista que é nossa por direito e merecimento.
A sede regional da Ceplac não fica localizada em Itabuna? estando a menos de 4km do centro urbano da cidade e a mais de 20km de Ilhéus (área urbana)!
Acredito que a conquista de Itabuna pela sede da UFESBA seja pela sua localização e os atributos que garanta uma centralização perante aos demais municípios da região. Caso a reitoria seja instalada na CEPLAC, a escolha será excelente pelos seguintes aspectos:
1) o know how dos dirigentes da CEPLAC poderá ser util nessa fase inicial da UFESBA;
2) a infra-estrutura das IFES novas tem sido um constante desafio, pois os recursos liberados pelo MEC tem sido insuficientes para suprir a necessidade de construções das novas instituições (assim a UFESB já teria uma infra-estrutura inicial que somada a novos recursos rapidamente sairia consolidado no aspecto de estrutura física);
3) a estrutura da CEPLAC fica localizada em Itabuna, da mesma forma que a UESC fica em Ilhéus e mais próxima do centro urbano de Itabuna;
4) o fato da UFESB ficar localizada relativamente próxima a UESC seria importantíssima para a proposição de cursos de pós-graduação associado (pois até 2016 para a instituição ser universidade deverá contar com no mínimo 2 programas de doutorado e 4 mestrados), além disso muitos dos editais de financiamentos são restritos aos docentes vinculados a programas de pós-graduação;
5)a estrutura da CEPLAC e seus espaços adjacentes disponíveis para construção possibilita abrigar uma diversidade de cursos;
6) devemos lutar por cursos estratégicos e diversificados as áreas da ciência, alguns cursos interessantes: turismo; hotelaria, engenharias (agrícola, etc…se possível não concorrentes aos da uesc); licenciaturas (alto déficit no país de professores e necessários para as disciplinas básicas de outros cursos….mesmo concorrente com a uesc); bacharelado em Educação Física (curso inexistente em instituições públicas no estado da Bahia);
Os cursos devem atender a vocação da região de aproximadamente 2 milhões de habitantes!