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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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A batalha nas telas da tevê e nas ondas do rádio

A pesquisa Ibope, divulgada às vésperas do início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, acendeu não apenas a luz vermelha, mas todas as luzes possíveis e imagináveis na campanha de José Serra, candidato dos demo-tucanos à presidência da República.

O Ibope mostrou Dilma Roussef, a candidata do PT (e principalmente de Lula) com 11 pontos à frente de José Serra, confirmando uma tendência que já se observava nas medições do Vox Populi, Sensus e até do reticente DataFolha.

A novidade do Ibope é que Dilma aparece, matematicamente, com chances de liquidar a fatura já no primeiro turno.

Por mais que ainda haja muita água para rolar por debaixo da ponte e muito voto para cair dentro da urna, é um cenário de sonho para Dilma e de pesadelo para Serra.

A eleição, obviamente, não está decidida e pesquisa é apenas um retrato do momento.

E o retrato do momento é Dilma crescendo e Serra caindo.

O tucano já chegou a ter 30 pontos de vantagens sobre a petista, num estágio em que a eleição parecia mera formalidade.

Dilma foi tirando a diferença, encostou e ultrapassou Serra, escudada na estratosférica popularidade do presidente Lula.

Era algo que os tucanos previam que iria acontecer. Escudada por Lula, Dilma seria na pior nas hipóteses uma candidata competitiva.

O que não se previu –ou não se quis enxergar- era a capacidade de Lula de transferir votos para Dilma, numa proporção como nunca se viu antes na história desse país.

E eis que o horário eleitoral gratuito, uma batalha considerada decisiva para vencer a guerra da sucessão presidencial, começa com Serra precisando estancar o crescimento de Dilma e reconquistar boa parte dos eleitores que o abandonaram.

Isso sem poder atacar Lula e sem poder exibir FHC, porque se cair no jogo da eleição plebiscitária, ansiada pelos petistas, já pode encomendar as velas para o cotejo fúnebre do início de outubro.

A Serra resta a comparação de biografias com Dilma e a alardeada maior experiência em cargos públicos.

É talvez a sua principal ficha, além da saraivada de “denuncias” e “escândalos” contra Dilma e o PT, que os barões da mídia (Globo, Folha, Estadão e Veja) vão providenciar com devoção neste mês e meio que resta para a eleição.

Até agora, não colou.

Enquanto isso, Dilma terá Lula a seu lado, pedindo votos e apontando-a como seguidora de seu legado, aprovado por cerca de 80% dos brasileiros.

O enredo só não se chama “Missão Impossível” porque em eleição pode acontecer de tudo. Ou quase tudo.

O menino que soltava fogos


No best-seller “O Caçador de Pipas”, o pequeno Amir, menino rico, vive, ao lado do amigo pobre Hassan (que na verdade é seu irmão), as desventuras de um Afeganistão que de país próspero e rico se transforma num lugar miserável, conseqüência de uma guerra tribal que primeiro jogou a nação nas mãos de déspotas comunistas e depois nos braços de talibãs ultra-radicais e lunáticos dos pés ao turbante.

Amir e Hassan têm como principal atividade de lazer soltar pipas e depois caçá-las quando são abatidas em competições que mobilizam a comunidade e dão a seu vencedor status de craque do futebol.

Com a guerra, o Afeganistão e as pipas são abatidos pelo terror. Hassan é assassinado e Amir imigra para os Estados Unidos.

Nunca vai encontrar a paz interior, porque o Afeganistão da infância perdida e a perda de Hassan corroem-lhe a alma, como uma chama que não se apaga.

No romance da vida real, a Favela do Bode, lugarejo de nome quase obsceno na abandonada periferia de Itabuna, onde a riqueza, o conforto e o acesso aos serviços públicos são quase uma abstração, meninos não soltam pipas, inocente brincadeira planetária, nem jogam futebol.

Ali, trava-se outro tipo de guerra, sem as contradições do comunismo que vira repressão e sem o fundamentalismo amalucado.

Trava-se, isso sim, a guerra em que a força motriz é o tráfico e em que os traficantes, na quase total ausência do poder público, impõe a lei e a ordem, o que na prática implica impor o terror e o medo.

Uma guerra onde um Amir, que por aqui pode se chamar José, João, Pedro ou Paulo, é arrancado das pipas ou do futebol num campinho improvisado, para ser engajado, meio à força, meio por falta de opções, como soldadinho do tráfico.

É o caso de um menor, abordado no último domingo por policiais militares que passavam pelas proximidades da Favela do Bode, que tem o pomposo e ignorado nome de Jardim Grapiuna.

Era um menino de 10 anos de idade, que soltava fogos como se comemorasse o gol de seu time de coração ou homenageasse tardiamente os santos juninos.

Nada disso: o que o garoto fazia, numa prática comum, era alertar os traficantes para a presença dos policiais na área, provocando temporariamente a suspensão do funcionamento do lucrativo negócio.

Função subalterna, primeiro degrau na escada no tráfico, onde chegar vivo aos 20 anos de idade é quase um milagre.

Crianças e jovens descartáveis, vítimas potenciais dessa guerra urbana, disponíveis em abundância no oceano de exclusão social em que estamos mergulhados.

10 anos de idade.

Uma criança.

Nem caçador de pipas, nem jogador de futebol, provavelmente nem estudante.

Soltador de fogos a serviço do tráfico.

O futuro?

Uma cela fétida e superlotada na cadeia ou uma cova rasa e mulambenta nas bordas de um cemitério qualquer.

E o que nós temos a ver com isso?

Tudo.

Candidatos de faz de conta

Para que servem os debates eleitorais com a presença de todos os candidatos?

Para que se possa conhecer as propostas e as contradições de cada candidato sem as maquiagens dos programas eleitorais e ao mesmo tempo concedendo o mesmo espaço aos que terão uma imensidão de tempo no horário gratuito e aos que ficarão imprensados em poucos segundos.

Certo?

Em tese, está certo, mas na prática, errado.

Tomem-se como exemplos os debates com os candidatos a presidente da República e a governador da Bahia, ambos promovidos pela Rede Bandeirantes.

No debate nacional, os três candidatos que disputam a eleição para valer, Dilma Roussef e José Serra, passaram o tempo todo medindo as palavras, evitaram o confronto direto e se preocuparam mais em não perder do que ganhar votos.

Marina Silva, que pode surpreender, ficou no meio termo, com seu jeito frágil e discurso messiânico. Arriscou menos do que deveria, mesmo podendo se colocar claramente como contraponto aos modelos de governo do PSDB e do PT.

E Plínio de Arruda Sampaio, que não tem chance nenhuma na eleição, fez o papel de franco atirador. Disparou seus petardos para todo lado e prometeu coisas que não precisará cumprir, visto que não vai se eleger mesmo.

Seu precioso tempo na tevê teria sido gasto melhor por Dilma e Serra, que afinal de contas são os que estão nesse negócio para ganhar e não para fazer figuração.

O mesmo raciocínio se aplica ao debate dos candidatos ao governo da Bahia, que pelo menos foi menos morno (e não não quer dizer necessariamente mais quente) do que o debate dos presidenciáveis.

Jaques Wagner, Paulo Souto e Geddel Vieira Lima, que disputam a eleição de verdade, se enfrentaram no limite do respeito. Souto e Geddel até ensaiaram umas “tabelinhas” para estocar Wagner, mas faz parte do jogo, afinal o adversário a ser derrotado por eles é mesmo o atual governador.

Era natural que o demo-tucano e o peemedebista tocassem nos pontos nevrálgicos do petista, como a segurança pública.

Mas, o que dizer de Bassuma, candidato do PV e até dias atrás um petista fervoroso, que mais parecia um pregador, com seu olhar santificado e pose de redentor, a desfilar soluções para tudo?

E o que dizer, então, do rapaz do Psol, metralhadora giratória e discurso de candidato a vereador em Salvador, que atingiu o clímax circense com sua “água benta” que fez lembrar um certo óleo de peroba num debate nas eleições municipais em Itabuna?

Eleição é coisa séria e democracia é fundamental.

Mas, um pouco de bom senso na hora da realização desses debates não faria mal.

Ao contrário, faria um bem danado.

LULA, O MOTOBOY

(CHARGE PUBLICADA NO JORNAL GAZETA DO POVO)

A “TERRORISTA” E O LAMBE-BOTAS DOS MILITARES

Nada a estranhar na capa da revista Época, destacando o “passado terrorista” de Dilma Roussef, numa clara tentativa de assustar o eleitor menos esclarecido.
Com a possibilidade de vitória de Dilma já no primeiro turno, bateu o desespero na mídia golpista.

O festival de baixaria está apenas começando e nisso Época terá a parceria dos demais veículos das Organizações Globo, da Veja (argh!), da Folha (argh de novo) e do Estadão (argh de novo e de novo).

De mais a mais, enquanto Dilma combatia a Ditadura Militar, que seqüestrou, matou, torturou e calou voz dos brasileiros, o “jornalista” Roberto Marinho, fundador das Organizações Globo, construía seu império de comunicação bajulando os militares e manipulando a opinião pública.

A Globo ainda acha que sim, mas o povo não é mais bobo.

SEXTA-FEIRA, 13


Cada vez que saia uma pesquisa do Vox Populi, do Sensus ou mesmo do Ibope apontando Dilma na frente de Serra, os demo-tucanos trombeteavam:

-O que vale é o DataFolha, o que vale é o DataFolha…

Pois bem, depois de segurar o empate o quanto pode, o DataFolha sucumbiu. Os números da pesquisa sobre sucessão presidencial divulgados nesta sexta feira apontam Dilma com 41% e Serra com 33%. Oito pontos de vantagem de Dilma sobre Serra.

Será que o DataFolha não vale mais?

ANÃO DE PIRATA


Quem assistiu a reportagem sobre a visita de José Serra à Bahia no Jornal Nacional desta sexta-feira pode notar a presença de Paulo Souto atrás do tucano, enquanto ele concedia uma entrevista à imprensa. Um autêntico papagaio de pirata.

O que pouca gente percebeu foi que atrás de Serra também estava o deputado ACM Neto, completamente escondido pelos microfones.
Neste caso, um legítimo anão de pirata.

UM COHIBA EM HOMENAGEM A EL COMANDANTE


Fidel Castro completa 84 de vida nesta sexta-feira, 13.

“El viejo Comandante”, que embalou uma geração inteira por conta da epopéia que foi a Revolução Cubana, foi uma das personagens mais fascinantes do século passado e, apesar da saúde frágil, continua roubando a cena a partir de uma ilhota perdida na imensidão da Caribe.

Fidel cometeu lá seus equívocos, entre eles o de ter implantado uma ditadura socialista (e ditadura é sempre ditadura, seja ela de esquerda ou de direita), mas sua importância histórica é inquestionável.

Não virou camiseta nem bandeira de protesto ou time de futebol, como Che Guevara, certamente porque não teve a morte heróica e precoce do revolucionário argentino-cubano.

Mas é protagonista de um momento épico, do sonho quase sempre irrealizável do fraco que desafia e derrota o poderoso.

Longa vida (e longos discursos) a Fidelito!

PEGA LADRÃO

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia, através da Polícia Militar, iniciou em Itabuna o programa Ronda no Bairro.

O programa será executado inicialmente nos bairros Maria Pinheiro, Fonseca, Novo Fonseca, Pedro Jerônimo, Daniel Gomes, Zizo, São Pedro, São Judas, São Caetano, Sarinha, Novo São Caetano, Jaçanã, Jardim Primavera, Novo Jaçanã, Banco Raso, Vila Anália e Gogó da Ema.

Essas são áreas em que a SSP detectou índices preocupantes de criminalidade, o que não quer dizer que o restante da cidade seja a versão baiana do paraíso na Terra, muito pelo contrário. A violência é uma praga que não respeita local ou classe social, daí que a meta da SSP é levar o programa a todos os bairros de Itabuna.

Para executar o Ronda no Bairro serão disponibilizadas cinco viaturas e cinco motos, com 80 policiais atuando vinte e quatro horas por dia, exclusivamente nessa atividade. A população pode e deve colaborar, acionando os números telefônicos divulgados pela Polícia Militar.

Vale destacar que Itabuna não está sendo uma espécie de “cobaia” do Governo do Estado. O Ronda no Bairro já foi implantado em bairros como Pau da Lima, Tancredo Neves e Subúrbio, na periferia de Salvador; e em Feira de Santana, a maior cidade da Bahia.

Tanto em Salvador como em Feira de Santana, o Ronda no Bairro reduziu os índices de violência. A presença ostensiva da polícia acaba funcionando como fator inibidor para os bandidos, que atualmente impõem a lei do terror aos moradores indefesos.

Com a polícia atuando -e a população colaborando- certamente os bairros hoje dominados pelos bandidos, se tornarão menos violentos e mais habitáveis.

A própria operação que antecedeu a instalação da ronda nos bairros, chamada muito propriamente de “Saneamento”, mostra que quando tem condições de atuar, a polícia impõe a lei e a ordem. Foram detidos quase duas dezenas de marginais e apreendidas armas e drogas.

É assim que tem que ser: policiamento permanente, caça sem trégua aos marginais e integração com a comunidade dos bairros, formada em sua esmagadora maioria por gente decente e trabalhadora.

Lugar de bandido é na cadeia.

Regra que aliás deveria valer para todos os bandidos, sejam eles os pés de chinelo, sejam eles os tubarões engravatados.

Mas aí nem é mais uma questão de polícia, mas uma questão de (in)justiça.

Que a polícia baiana faça sua parte nesse mais do que necessário Ronda no Bairro em Itabuna.

SÓ FALTOU O CHÁ COM BISCOITOS

Vão dizer que é coisa de petista paranóico (e este blogueiro nunca escondeu que apóia as candidaturas de Dilma Roussef para presidente e Jaques Wagner para governador da Bahia), mas o casal Willian Bonner e Fátima Bernardes tratou José Serra na entrevista ao Jornal Nacional com as mesuras que são concedidas aos candidatos do patrão. A dupla só faltou servir chá com biscoitos ao tucano, tamanho o clima de camaradagem reinante.

Até as perguntas mais espinhosas, como o apoio dos mensaleiros do PTB ao tucano e a privatização (tratada como concessão) das rodovias paulistas foram feitas com um cuidado que faltou no interrogatório a Dilma Roussef.

E Serra, bem mais escolado nesse negócio do que Dilma, deitou e rolou diante do casalzinho que parecia ter tomado Rivotril, de tão mansinho que estava.

Missão cumprida.





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