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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 16/dez/2009 . 9:28

Eterno e infinito. Até que acabe!


Os olhos do planeta Terra, essa bolinha perdida na complexidade do Universo composto de galáxias, constelações e sistemas solares, e em que por obra do acaso ou por ação divina, brotou a vida em forma exuberante; estão voltados para Copenhague, a capital da gelada Dinamarca.

É lá que líderes e negociadores de mais de 190 países estão reunidos para discutir o futuro de um planeta cujos recursos naturais estão sendo sugados à exaustão.

Melhor seria dizer que eles estão decidindo se haverá futuro para a Terra e seus bilhões de habitantes. Um futuro que só será viável caso haja um freio na devastação, na emissão de gases poluentes, na exploração irracional dos recursos naturais e na explosão demográfica.

Especialmente nos últimos dois séculos e acentuadamente após a revolução industrial, os recursos naturais, que embora pareçam eternos e infinitos um dia irão se exaurir, passaram a ser “sugados” num ritmo maior do que poderiam suportar.

O chamado aquecimento global, que muitos insistem em qualificar como lenda ou alarmismo, é um fato concreto e suas conseqüências estão aí, com as mudanças abruptas de clima que resultam em inundações e secas prolongadas e que provocam tragédias de proporções bíblicas.

A oferta de alimentos já é menor do que a demanda. Milhões de pessoas em várias partes do mundo sofrem com a fome e a sede.

Fome e sede que atingem majoritariamente os países mais pobres, que foram os que menos contribuíram para a devastação e o aquecimento global, mas são os que estão pagando a conta.

Os chamados países desenvolvidos e/ou em desenvolvimento, exemplos notórios dos Estados Unidos e da China, simplesmente se recusam a frear o ritmo de exploração, como se o problema não fosse com eles.

É com eles e com todo mundo, porque embora divididos por fronteiras e barreiras, somos todos passageiros de uma mesma nave e sofreremos juntos as conseqüências de sua deterioração. Aliás, já estamos sofrendo.

A devastação do planeta e seus impactos não são algo subjetivo, distante. A gente sente no dia a dia.

No Sul da Bahia, a destruição de extensas áreas de Mata Atlântica provocou mudanças sensíveis no clima. Os períodos de estiagem estão cada vez mais longos, afetando a produção de alimentos e a oferta de água. Itabuna, por exemplo, caminha para mais um verão com racionamento do (cada vez mais) precioso líquido.

Trata-se, portanto, de um problema global, que não pode ser enfrentado apenas com discursos bonitos e propostas mirabolantes, mas com ações concretas e imediatas.

Não é apenas o planeta que pede socorro, mas também a vida.

Não há, pelo menos num futuro próximo, condições de mudar de nave e migrar para outro planeta. Isso, por enquanto, é coisa de ficção.

Se a Terra morrer por exaustão, morremos todos juntos, numa espécie de suicídio em escala planetária.

O mais irônico disso tudo, se é que ainda se pode embutir ironia nessa espécie de tragédia anunciada, é que é o ser humano, em tese a mais perfeita obra da criação da vida na Terra, dotado de Inteligência e livre arbítrio, a maior ameaça à existência do planeta.

Lobo a devorar não apenas a própria casa, mas a própria carne.





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