:: ‘Vadinho Bombom de Mel’
Vadinho Bombom de Mel, lateral e arbitro de futebol
Um lateral-direito que botava ordem na casa sem precisar apelar para os famosos pontapés nos adversários, embora soubesse entrar firme quando necessário, desarmar e sair jogando. Esse era Vadinho, também conhecido por Vadinho Bombom de Mel, assim chamado por ter vendido esses doces na juventude, jogador dos primeiros a ser escolhido nos babas nos muitos campinhos de futebol do bairro da Conceição, em Itabuna.
Daí para o futebol amador foi um pulo, chamado que foi para integrar a equipe do Botafogo do bairro da Conceição, pelo seu presidente o gráfico Rodrigo Antônio Figueiredo, e por lá ficou por cerca de cinco anos. Seus quase dois metros de altura e corpo atlético lhe garantiam ganhar a maioria das jogadas e passar a bola para o meio de campo ou diretamente para os jogadores do ataque.
Torcedor doente do Flamengo até hoje, Vadinho não podia comemorar as vitórias do time carioca, desde os tempos de menino e já homem feito, por ordens expressas de sua mãe, dona Euflosina, vascaína de quatro costados, que não permitia esses devaneios em sua casa, com a complacência do pai, o seu Júlio, o competente guarda-freios da Estrada de Ferro Ilhéus-Vitória da Conquista.
Para Vadinho pouco importava e suas comemorações pelas vitórias do Flamengo eram festejadas fora de casa, com os muitos amigos, na praça dos Capuchinhos, ou nos inúmeros bares que povoavam o bairro. Naquela época – como até hoje –, o futebol era assunto de interesse nacional e todos sabiam de cor e salteado a escalação de seus times, aprendidas nas resenhas esportivas das grandes rádios do Rio de Janeiro.
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