:: ‘triplo homicídio’
Ato marca dois meses do triplo homicídio que chocou Ilhéus e cobra justiça pelas vítimas
Na manhã desta quarta-feira, 15 de outubro, foi realizado um ato em memória dos dois meses do triplo homicídio que tirou a vida de três mulheres — Alexsandra, Maria Helena e Mariana — crime que chocou o município de Ilhéus e teve repercussão nacional. A manifestação teve início na BA-001 e seguiu em caminhada até a praia da zona sul, local onde os corpos foram encontrados.

Dezenas de pessoas participaram do ato, entre elas familiares das vítimas, representantes de instituições e movimentos sociais. A atividade foi organizada pela Frente Parlamentar de Mulheres, presidida pela vereadora Enilda Mendonça (PT) e vice-presidida pela vereadora Rúbia Carvalho (Agir).

O momento foi marcado por forte emoção e por manifestações de solidariedade e cobrança por justiça. O ato foi encerrado com orações e a entrega de flores no ponto indicado como provável local do crime, em um gesto simbólico de memória e resistência.

A escolha da data teve também um significado especial: 15 de outubro é o Dia dos Professores, profissão exercida por duas das vítimas. Entidades como a APPI/APLB (Sindicato dos Profissionais da Educação) e a OAB participaram do ato, reforçando o apelo coletivo para que o crime não caia no esquecimento e que as investigações sejam concluídas com a responsabilização dos culpados.
DNA de assassino confesso não é encontrado no corpo das vítimas e triplo homicídio em Ilhéus segue sem solução

Um mês após o brutal assassinato de três mulheres na Praia dos Milionários, em Ilhéus, a investigação ainda levanta mais perguntas do que respostas. Embora a Polícia Civil tenha apresentado Thierry Lima da Silva, 23 anos, como autor confesso, laudos periciais não encontraram DNA dele nem de outros suspeitos nos corpos das vítimas ou nas três facas apresentadas como possíveis armas do crime. A informação é do Correio.
O triplo homicídio chocou a cidade no dia 15 de agosto, quando foram mortas Alexsandra Oliveira Suzart (45), Maria Helena do Nascimento Bastos (41) e Mariana Bastos da Silva (20). As três, que eram amigas e familiares, caminhavam com um cachorrinho pela faixa de areia quando foram atacadas. O animal foi encontrado amarrado próximo ao local.
Segundo a versão apresentada por Thierry, ele teria agido sozinho, em uma tentativa de assalto que terminou em tragédia. Mas especialistas ouvidos pelo Correio contestam a plausibilidade da narrativa:
Não há sinais de luta ou defesa ativa nos corpos. Nenhum DNA ou digitais dos suspeitos foi encontrado nas armas. A versão de latrocínio (roubo seguido de morte) é considerada frágil, já que não houve subtração significativa de bens.
Colégio Estadual Jorge Amado em Santa Luzia debate triplo homicídio, feminicídio e a importância da conscientização

Os estudantes do Curso Técnico em Administração do Colégio Jorge Amado, da rede estadual de ensino em Santa Luzia, no Sul da Bahia, promoveram um debate simulado com um tema de extrema relevância social, o triplo homicídio em Ilhéus, ocorrido recentemente, e o feminicídio enquanto realidade dolorosa e persistente na sociedade.

A atividade foi realizada no contexto da disciplina de Iniciação ao Trabalho Científico, mostrando como o conhecimento teórico pode ser aplicado na análise crítica da realidade. O debate foi mais que um exercício acadêmico: representou uma oportunidade de reflexão, de construção de argumentos fundamentados e de fortalecimento do papel da educação na formação de cidadãos conscientes e engajados.

Sob a orientação dos professores Pablo Fernandes e Sabrina Cunha, os estudantes foram incentivados a aprofundar suas análises, compreender as raízes sociais da violência e exercitar a argumentação de forma ética, respeitosa e embasada em dados e referências.
Ao longo da atividade, discutiram-se não apenas a gravidade dos crimes de feminicídio e homicídio múltiplo, mas também o que eles revelam sobre o genocídio social que atinge mulheres, jovens e populações vulneráveis, muitas vezes invisibilizadas.
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