:: ‘Secti Bahia Faz Ciencia’
Pesquisador baiano utiliza bactérias da caatinga como bioinsumo para combater a seca
Para o pesquisador e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Adailson Feitoza, a água é um elemento cada vez mais escasso no planeta. É que segundo as projeções da ONU e Banco Mundial, a humanidade enfrentará secas mais severas nas próximas décadas e parte disso deve-se ao fato que cerca de 70% do consumo de água potável do mundo é proveniente do segmento agrícola. Pensando em como alterar uma equação que parece imutável, visto que plantações dependem necessariamente de água, o professor buscou uma solução para reduzir o consumo no segmento agropecuário e na proteção das culturas agrícolas contra as secas. A resposta pode estar nas bactérias da caatinga.
Adailson contextualiza que em muitos locais os eventos de secas e veranicos que atingem as plantações podem ser irreversíveis para os produtores que dependem apenas da água da chuva para cultivar. Com tantas prerrogativas, o grupo de pesquisa se questionou onde poderia estar uma solução capaz de economizar água e manter a saúde das plantas. “Acreditamos que a resposta pode estar na natureza”, disse o professor ao explicar que plantas nativas da caatinga conseguem passar por longos períodos de secas devido às adaptações fisiológicas e morfológicas que desenvolveram ao longo da evolução. “O que não sabíamos até estudos recentes é que diversas espécies de microrganismos (bactérias e fungos) estão associadas a estas plantas e podem ser responsáveis também pela resistência à seca.
- 1