:: ‘Santinho’
Santinho, o craque que atuava nas 11 posições

Walmir Rosário
Desde a segunda metade da década de 1950 que os torcedores de Itabuna e do Fluminense de nossa paróquia passaram a ter um xodó especial com um jogador, considerado a revelação e que atuou até no Itabuna Esporte Clube, nos fins da década de 1970. Bom driblador, embora sua marca maior fosse o poderoso petardo em direção ao gol. O terror dos goleiros.
Durante anos construiu sua história nos campos de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Alagoinhas, Santo Amaro, São Félix, Belmonte, e onde mais a Seleção de Itabuna (amadora) jogasse. Não pense que ele não encantou a capital baiana, a Salvador dos grandes times profissionais. Em 1957 ele bagunçou as partidas nos campos da Graça e na Fonte Nova como se estivesse no quintal de casa.
Pois é, assim era Santinho, que na vida civil levava o nome de Gilberto Silva Moura, que não se intimidava em jogar na casa do adversário, seja lá qual fosse. No dia 4 de abril de 1957 jogou a partida final do Torneio Antônio Balbino contra a Seleção de Feira de Santana, por ocasião da inauguração dos refletores do Estádio da Fonte Nova.

Jogo empatado em 1X1 e a disputa final definida nos pênaltis, que seriam batidos por apenas um jogador de cada selecionado. Imediatamente o técnico da Seleção de Itabuna escolheu Santinho para bater as cobranças. Cinco penalidades batidas pela Seleção de Feira de Santana: cinco gols. O mesmo placar foi marcado por Santinho. Na segunda série, o mesmo resultado. O árbitro apita para a terceira série e Santinho marca os cinco gols, e para alegria dos itabunenses, o goleiro Carlito defende uma penalidade. Agora era a final.
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