:: ‘PT 35 anos’
Dilma: “temos força para virar o jogo”
(do Brasil 247)-A presidente Dilma Rousseff foi a última a discursar durante o encontro dos 35 anos do PT, que ocorreu, nesta sexta-feira (6), em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ela falou logo após o pronunciamento do presidente Lula, que declarou apoio às medidas econômicas tomadas pelo governo. Antes dele, governadores petistas, o presidente da legenda Rui Falcão e o ex-presidente uruguaio, José Mujica, também discursaram.
“O PT chega aos 35 anos, é um partido jovem, mas já inicia o seu quarto mandato presidencial, após 12 anos de transformação social. O Brasil é hoje um país muito melhor. É um país onde as pessoas deixaram a miséria, onde milhões de jovens entram na universidade, onde milhões de trabalhadores estão no mercado de trabalho com carteira assinada. Por isso, a nossa responsabilidade é imensa. Os brasileiros esperam que honremos a continuidade do que fizemos, mas também esperam que aprofundemos as transformações no Brasil, ampliemos a democracia. Nós não vamos ficar eternamente uma nação emergente. Os brasileiros esperam que trilhemos o caminho para uma nação desenvolvida, com mais oportunidades para todos”, afirmou.
“A história do PT é um roteiro. A gente pode acompanhar como um filme. Um roteiro de identificação com o povo brasileiro e sempre teve como base uma identificação com os movimentos populares, com os sindicatos, com os intelectuais, com as igrejas, com os que lutaram contra a ditadura e com os empresários progressistas do país”, reforçou.
Dilma frisa que pediu o voto aos brasileiros prometendo uma nova etapa de desenvolvimento para o país. “Dissemos que nossa proposta era uma política social baseada em novas oportunidades e uma política econômica em concordância com a política social”, afirmou ela, destacando que, em 12 anos, os governos petistas “erradicaram a pobreza extrema do país”. “Essa é a nossa prova. Ninguém tira isso de nós”, ressalvou.
Lula: “os golpistas vão prestar contas à História”
(do Brasil247)- O ex-presidente Lula fez um discurso de injeção de ânimo na militância no encontro dos 35 anos do PT, em Minas Gerais. Ele criticou a mídia e saiu em defesa das medidas econômicas tomadas pela presidente Dilma Rousseff. Ao ser chamado para discursar, Lula foi ovacionado pela plateia. “Ontem fiquei indignado, mais do que em outros dias, mas tomei cuidado para não repassar aqui a indignação que fiquei ontem. Seria muito mais simples a PF ter convidado nosso tesoureiro para se apresentar do que ir buscar em casa, seria muito mais simples dizer o que eles estão repetindo o mesmo ritual desde 2005 quando começaram as denúncias que eles chamaram de mensalão. Toda quinta-feira sai boato, sexta sai denúncia nas revistas, sábado e domingo massacre na televisão, e na outra semana, começa tudo outra vez”, afirmou logo no início do discurso.
Lula afirmou que o critério da mídia é a criminalização do PT. “Eles trabalham com a convicção de que é preciso criminalizar o nosso partido. Não importa nem se é verdade”, acusou. O ex-presidente Lula destacou trechos de um manifesto de fundação do PT, ressalvando que o PT “contribuiu para transformar este país”. Em defesa do legado do PT, o petista afirmou que “nova política foi acabar com a fome neste país”. Lula disse que “medidas amargas” foram necessárias nos 12 anos de governos petistas.
O ex-presidente disse que o objetivo dos adversários é “querer que o povo nos esqueça”. “Mas, ao invés disso, em outubro, o povo preferiu eleger a presidente Dilma”, afirmou.
Lula saiu em defesa das medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff no campo econômico. “A companheira Dilma teve que tomar medidas necessárias, mas temos que pensar que de vez em quando temos que tomar fôlego. Mesmo reclamando nos corredores, Dilma, tenha a certeza de que nós sabemos que o que você vai fazer vai levar o país a um momento muito melhor. Faça o que tiver que fazer, porque por um erro desastroso nosso, quem vai sofrer é o povo mais humilde deste país”, afirmou.
Ainda em discurso, o ex-presidente disse que “a quarta vitória eleitoral consecutiva do PT despertou os mais baixos instintos dos nossos adversários”. “Vencemos, mas a luta está longe de acabar. Nossos adversários não podem dizer qual é o seu projeto, porque é antinacional. Só podem atacar o PT com a arma do ódio”, afirmou.
Ao falar da operação Lava Jato, o ex-presidente afirmou que “é a repetição de um filme já conhecido”. “Não há contraditório, não há direito de defesa. O julgamento é feito pela imprensa. Os condenados já estão escolhidos. Eles não estão preocupados com os enormes prejuízos à Petrobras e ao País. O que eles querem é criminalizar o PT e paralisar o País”, afirmou.
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