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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Pedro Barusco’

Para Florence, Barusco exibiu histórico da corrupção e mostrou que investigações devem se aprofundar

florenceO deputado federal Afonso Florence (PT/BA) afirmou nesta terça-feira (10) que o depoimento do ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco trouxe subsídios para montar a linha do tempo da corrupção na Petrobras e mostrou que as investigações para descobrir quem realmente foi beneficiado no esquema devem ser aprofundadas.

 

O delator relatou ter se envolvido com corrupção nos anos 90 por conta própria, mas se recusou a dar mais detalhes sobre o fato sob a alegação de estar sendo investigado. Estranhamente, porém, Barusco disse não ter conhecimento de quaisquer outros esquema de corrupção na Petrobras na mesma época, ainda que jornalistas de calibre nacional como Paulo Francis e Ricardo Boechat os houvessem denunciado.

 

Barusco alegou ter alcançado o cargo de gerente na década de 2000 por critério técnico, e não por indicação política devido ao conhecimento que possuía. Disse ainda que, na época, o suposto esquema progredia internamente na Petrobras não por orientação superior ou política, mas porque as dinâmicas de contratos permitiam os malfeitos.

 

O delator não foi, porém, capaz de provar o envolvimento do PT nas irregularidades investigadas pela CPI. Ao longo de suas respostas aos deputados, afirmou ter apenas ouvido falar de relatos sobre envolvimento do partido em transações financeiras, sem jamais ter presenciado nenhuma situação nem também ter provas de qualquer suposto ilícito.

 

Para o Afonso Florence, o saldo do depoimento de Barusco prova que as investigações precisam ser levadas adiante em busca da raiz da corrupção na Petrobras. A eventual descoberta de beneficiados deverá levar à punição exemplar de todos os envolvidos independente de partidos, ele defende.

 

“Se alguém praticou ilícito na Petrobras, não praticou em nome da presidente Dilma, nem em nome da (ex) presidente [da Petrobras] Graça [Foster], do [ex] presidente [da Petrobras José Sérgio] Gabrielli e nem do presidente Lula e nem do PT. O povo brasileiro não aguenta mais corrupção. Queremos passar a Petrobras a limpo e todas as outras instituições em qualquer ente federado.”

Jorge Solla aponta contradição em depoimento de Barusco, que cala

sollaDurante o depoimento que prestou nesta terça-feira (10) à CPI da Petrobrás, o ex-gerente Pedro Barusco preferiu calar-se quando indagado pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA) sobre contradições do que disse em juramento. Na audiência, Barusco disse reiteradas vezes que as propinas que recebeu da holandesa SBM, entre 1997 e 2002, foram articuladas de forma “pessoal”, entre ele e operadores da empresa, sem a existência de esquemas com participação de agentes políticos e diretores da Petrobrás.

“É inverossímil o senhor dizer que recebeu propina (da holandesa SBM) de 97 a 2002, quando era gerente, sem ter nenhum dirigente acima hierarquicamente que pudesse viabilizar a necessidade da empresa pagar propina. A propina é um benefício que se supõe troca. O senhor, como responsável técnico, tinha que poder para que levasse a SBM tanto tempo pagando propina tão elevada sem ter a participação de dirigentes superiores? Que vantagem os senhor oferecia se era um franco atirador tão isolado assim?”, indagou Solla.

Apesar de apresentar detalhes sobre as propinas pagas nos período de 2003 a 2011, em que trabalhou subordinado ao ex-diretor Renato Duque – como gerente executivo da Diretoria de Serviços –, o delator teve outra postura quanto aos esquemas de corrupção entre 1997 e 2002, quando já recebia propina, e preferiu calar. “O aprofundamento (deste período) estou fazendo para o MPF”, limitou-se a dizer.

“Por que de um período ele diz e do outro não? Fica claro que o senhor não quer denunciar os dirigentes da Petrobrás envolvidos na corrupção e na proprina no período de 1997 a 2002”, destacou Solla. O deputado contrapôs ainda a versão de Barusco segundo a qual ele foi convidado por Renato Duque em 2003 para a Gerência Executiva da Diretoria de Serviços pela sua competência técnica. “Por que Renato Duque ao entrar (na diretoria) convidaria o senhor, se não soubesse que o senhor já participava desse esquema criminoso, o qual ele tinha interesse em mergulhar?”, indagou Solla. Nesta pergunta, Barusco também calou-se.

O deputado salientou que fortes denúncias de esquemas similares de corrupção foram publicadas pela imprensa na década de 90, mas os casos não foram investigados à época. “Ficou aqui bem estabelecido que a corrupção na Petrobrás é antiga, o depoente reiterou aqui aquilo que Paulo Francis e Ricardo Boechat já denunciaram anteriormente. Qual a diferença já que o modus operandi era  o mesmo? A diferença é que antes o volume de obras era pequena. Depois que aumentou, as oportunidades de propina aumentaram”, disse.





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