:: ‘Nature’
Estudantes do PPG Zoologia da Uesc publicam carta na Science

Dois discentes do PPG Zoologia (PPGZoo), o doutorando Manfredo Turcios-Casco e a mestranda Celeste López, tiveram uma ideia, nos corredores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), de escrever uma crítica científica quando souberam da construção de uma prisão nas Ilhas dos Cisnes, localizadas no Caribe hondurenho.
Esse projeto lhes chamou a atenção porque há algum tempo, uma espécie endêmica, a “hutia”, que habitava essas ilhas, foi extinta. No entanto, por abordar a questão de uma maneira diferente, se teve a ideia audaciosa de publicar a crítica em uma revista renomada, como Science ou Nature.
“Quando nos informaram sobre as modalidades de redação aceitas nessas revistas, como por exemplo em formato de carta, uma carta foi escrita para o editor responsável na revista Science. Infelizmente, na resposta, fomos informados que o tema provavelmente não seria de interesse da revista e que, portanto, havia poucas chances de aceitação, mas que poderíamos tentar. Com essa resposta houve um certo desânimo, e por fim o texto não foi enviado,” explicam os discentes.
Professor da UFSB é destaque na revista Nature

A revista “Nature”, uma das principais publicações de ciências do mundo, publicou um artigo com o título “Mapping tree density at a global scale”, que estima a quantidade de árvores que existe no planeta. Dentre seus autores, está o professor da Universidade Federal do Sul da Bahia, Daniel Piotto.
? “A estimativa era de que haviam 400 bilhões de árvores no mundo. Mas, saiu um artigo na Science, em 2013, falando que só na Amazônia tinham 390 bilhões. Percebemos que havia alguma coisa errada e isso nos instigou a rever essa contagem de árvores no planeta”, relatou Piotto. Após essa constatação, foram iniciados movimentos para começar uma pesquisa liderada pela Universidade Yale (EUA), com a colaboração de pesquisadores de todos continentes.
Um dos dados que mais surpreendeu os pesquisadores, foi o número total de árvores. Em contagens anteriores, esse número não passava de 400 bilhões. Agora, a pesquisa encontrou uma estimativa de 3 trilhões árvores no mundo. Piotto explica que a diferença se deu porque em pesquisas anteriores não havia a utilização de dados de campo, somente de sensoreamento remoto. A descoberta foi um grande passo para a compreensão da cobertura e densidade da vegetação no planeta.
Outro dado apontado, foi a notória influência da ação negativa do homem na natureza. O desmatamento foi o ponto crucial para o desaparecimento de árvores. Foi concluído que, desde o início da civilização, quase 50% do quantitativo existente de árvores desapareceu.
A pesquisa, que levou cerca de dois anos para ser concluída, contém ainda diversos dados que modificam o que se pensava até hoje sobre a densidade de árvores no planeta e suas implicações no meio. O artigo completo pode ser lido na “Nature” através do link: www.nature.com.
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