:: ‘Mohammad Ali Ghanezadeh’
Entrevista- Mohammad Ali Ghanezadeh, embaixador do Irã no Brasil: “Os embargos não visavam levar o Irã a mesa de negociação e sim se render”.
Em entrevista concedida ao site Irã News, o embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh, fala sobre os embargos impostos aos país em função do programa nuclear, a pressão dos Estados Unidos e Israel e diz que o objetivo não era a negociação, mas a rendição.
“Nosso programa nuclear tem fins pacíficos”, garante Mohammad. Leia a entrevista:
Irã News – Como o Irã encara os embargos impostos em função do Programa Nuclear?
Embaixador: Quando o Dr. Rohani, como Secretário do Alto Conselho da Segurança Nacional, teve a responsabilidade do processo do Programa Nuclear do Irã, nós estávamos na mesa de negociação, ainda quando não existia embargo contra o Irã. Apenas não aceitávamos imposição.
Os mais duros embargos, durante toda a história da ONU, exceto ao Governo de Saddam Hussein no Iraque, foram impostos contra o Irã.
Também os mais pesados embargos por parte dos Estados Unidos da América e União Europeia foram impostos contra nosso País.
Todas essas medidas não visavam levar o Irã à mesa de negociação, mas obrigar o Irã a se render.
Nosso objetivo é solucionar diplomaticamente os problemas produzidos artificialmente sobre o Programa Nuclear Iraniano e restaurar a paz e a segurança na região.
Solucionando esse problema, podemos nos ocupar de outros assuntos e nos empenhar para solução de grandes desafios na região e no mundo.
TVE Bahia produzirá documentário no Irã
A TVE Bahia fará uma viagem ao Irã para realizar um documentário sobre a cultura do país. Em torno desta proposta foi realizada a visita do embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh, ao diretor-geral do Irdeb, Pola Ribeiro, e a chefe de gabinete da instituição, Gorette Randam.
Na visita ao Irdeb foram discutidos também a disponibilização de programas e documentários sobre a Bahia produzidos pela TVE, para a TV iraniana, e a realização de uma mostra cultural do Irã em Salvador na semana em que a seleção do país joga contra a Bósnia, na Arena Fonte Nova (25 de junho).
Embaixador do Irã visita a Arena Fonte Nova e quer apoio da torcida baiana
As instalações da Arena Fonte Nova, onde no dia 25 de junho ocorrerá a partida entre a seleção iraniana e a equipe da Bósnia Herzegovina pela Copa do Mundo Fifa Brasil2014, foram visitadas na manhã desta quinta-feira (20) pelo o embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh.
Acompanhado por um tradutor, ele fez um tour no estádio, passando pelos camarotes, gramado, sala de imprensa, lounge e outros pontos. “Achei um belo estádio. Percebo que é novo e possui boas estruturas e boa gestão. Por esses motivos, acredito que teremos um bom jogo na Arena e desejo que isso aconteça”.
Ao comentar sobre suas expectativas para o jogo Ghanezadeh disse que os iranianos são amantes do futebol. “Para nós, o Brasil é conhecido justamente pelo futebol. Além disso, sabemos que os brasileiros conhecem o Irã por sua cultura e acredito que esses são os dois pontos que aproximarão os povos. Acreditamos que poderemos contar com uma torcida brasileira”.
O embaixador enfatizou que o goleiro Nilson pode aproximar ainda mais a torcida baiana do futebol iraniano. O atleta foi revelado pelo Esporte Clube Vitória, fez parte da equipe do rubro-negro no vice-campeonato nacional de 1993, e, atualmente, é ídolo no Irã, por jogar no Perspolis, um importante clube de Teerã e um dos mais tradicionais da Ásia.
“Queremos contar com a torcida da Bahia e a presença de Nilson no Irã pode ser um ponto de identificação. Pretendemos passar da primeira fase e o jogo na Bahia será muito importante. Caso a seleção seja eliminada, certamente torceremos para que o Brasil conquiste o título”, afirmou Ghanezadeh, que também esteve acompanhado pela equipe de Relações Internacionais e Esportivas da Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo (Riesp–Secopa).
Semana cultural
Mohammad Ali Ghanezadeh, que na quarta-feira (19) se reuniu com secretário Ney Campello, na Secopa, em Salvador, participa nesta tarde de encontros com outras autoridades locais para discutir aspectos relacionados à recepção aos torcedores iranianos. “Também buscamos articular com o governo sobre nossa proposta de promover uma Semana Cultural do Irã na Bahia, com mostras de fotografias, artesanatos e cinema”.
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