:: ‘literatura infantojuvenil’
A Literatura Brasileira para Crianças ganhou uma escritora baiana fabulosa

Alderacy Pereira da Silva Júnior
Já escrevi que ando muitíssimo alegre, feliz e entusiasmado.
Fui, anteriormente, convidado a indicar autores e obras para um projeto cultural exitoso no estado da Bahia, e, naquela ocasião, fizeram então a primeira compra diretamente comigo de três coleções Mônica de Souza Ralile, e dois exemplares de outra obra da Região Grapiúna.
A Coleção Mônica Ralile é, atualmente, composta de 6 encantadores e criativos livros escritos por essa escritora ilheense: *Os livros e os laços de Lara*, *A princesa do mar*, *A imaginação de Lili*, *Pepeu, o bicho-preguiça*, *Davi e seu elefantinho Romero* e *Minha amiguinha Bela*.
Para ilustrar seus livros criativos e cativantes, a escritora Mônica convidou a ilustradora Naiara Gramacho. As ilustrações dialogam perspicaz e sensivelmente com os textos da Escritora, Pedagoga, Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga e Especialista em Literatura Infantil, Mônica Ralile.
Podemos afirmar que as histórias de Mônica Ralile são voltadas para inclusão, solidariedade social e educação ambiental, celebrando a beleza da vida e da natureza, com delicadeza e poesia.
Todos os títulos assinados pela escritora Mônica têm o selo editorial da Via Litterarum de 20 anos no mercado editorial brasileiro e a marca Maravilha da Leitura.
Desde o lançamento desses livros, Mônica tem sido lida e convidada para falar sobre seus livros. Com a inteligência e carisma, Mônica tem conquistado leitores de todas as idades.
Essa produção literária de tão bonita e engajada na construção de um mundo sensível, criativo e inclusivo merece destaque na crítica literária e prêmios literários e educativos.
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Alderacy Pereira da Silva Júnior é jornalista literário, bibliófilo e coordenador da Biblioteca Ruy do Carmo Póvoas/Casa Ouro Preto Ateliê Residência.
O prazer da leitura até debaixo d’água
Pelos livros de Sérgio Merli, jovens leitores ficam imersos no mundo da água e nos seus significados ambientais, culturais e políticos

A questão da água ou da seca no País tem gerado muitos clássicos na literatura brasileira ao longo de mais de um século. Atento à questão da água e suas relações com os seres humanos, o escritor Sergio Merli também elaborou livros para crianças e adolescentes sobre esse líquido cristalino e às vezes a falta dele em alguns lugares.

A falta d’água tem sido sempre um paradoxo no Brasil, porque é um dos países que possui algumas das maiores bacias hidrográficas do mundo e, portanto, um estupendo volume d´água no seu território. Isso sem falar na costa brasileira que é muito longa, com 7.491 quilômetros de extensão. Contraditoriamente, há milhares de brasileiros que ainda sofrem devido à escassez de água.
E por causa do cenário que gera terríveis desdobramentos sociais e políticos, a água tem sido uma âncora da narrativa quando explica e exemplifica a cultura da seca e regionalismos, segundo opinião de alguns especialistas. Nas questões ambientais ela também tem estado em evidência, com alertas frequentes para se evitar desperdício, reduzir o uso e combater as perdas.
No binômio ‘água e seca’ há romances, contos e ensaios emblemáticos que tratam do assunto como, por exemplo, o clássico “*Vidas Secas*” de Graciliano Ramos (publicado em 1938). Possivelmente ele ainda seja o mais famoso romance sobre a estiagem crônica no Nordeste. Em “*Os Sertões*”, de Euclides da Cunha, publicado em 1902, ainda que o foco principal seja a Guerra de Canudos, também aborda a seca e suas consequências na vida dos habitantes da região. No livro “*O Sertanejo*”, de José de Alencar, editado em 1875, o texto trata da vida dos sertanejos, incluindo a seca e seus efeitos sobre a vida rural e a cultura nordestina. Já a obra “*Seara Vermelha*” de 1956, elaborado por Ariano Suassuna, expõe o dia a dia no sertão, incluindo aspectos relacionados às condições climáticas e suas implicações para a vida dos personagens.
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