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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Larissa Costa’

O dia em que a ABI foi pescar

Arte: Gentil

Arte: Gentil

por Larissa Costa

“No domingo 12 de abril de 1953, por volta das 10 horas da manhã, pescadores em compridas canoas jogaram a grande rede nas proximidades da Praia de Armação, logo mais a puxaram para conferir o montante de xaréus que a Mãe D’Água – que na ocasião recebeu um presente dos homens do mar – ofertara à ABI. Peixe para a entidade?”

Esse excerto, presente no livro comemorativo “A.B.I. – 90 anos”, narra um dos muitos esforços coletivos em prol da construção da sede da entidade, quando ainda nem se pensava que a Associação Bahiana de Imprensa iria se assentar no Edifício Ranulfo Oliveira, localizado no Centro Histórico de Salvador. Essa história foi redescoberta e contada na publicação pelo jornalista e pesquisador Nelson Varón Cadena, diretor de Cultura da instituição.

“Na época, a ABI estava arrecadando recursos para construir a ‘Casa do Jornalista’. Havia um costume antigo de fazer uma lista de adesão com várias pessoas, se mandava até para o interior, mandavam para amigos, assinavam e faziam as contribuições. Algumas empresas [ajudavam] também”, conta Cadena. A lista de doações era uma das ações feitas para angariar recursos para a construção da sede – na época, denominada pela imprensa de Casa do Jornalista.

O pesquisador recorda que, além disso, também houve eventos em prol da Associação, como apresentações artísticas, encenação teatral, o repasse de verbas por meio de emendas parlamentares e caravanas pelo estado com as listas de adesão. No entanto, a puxada de rede se destaca.

“Um associado da ABI chamado Mario Paraguassu, que era também um pintor, ilustrador, jornalista, comandou essa puxada de rede. A renda da venda do peixe foi revertida para a ABI. É um fato curioso porque a maioria dava outros tipos de contribuição: dinheiro, dava tijolos para a construção, caminhões para carregar areia, eram várias as formas de contribuir”, comenta Cadena. No livro, ele também escreve que a contribuição da venda do xaréu, o  pescado, foi simbólica se comparada a tantas outras. Mas é um ato significativo da mobilização e do esforço empreendido pela sociedade na construção da Casa.

Entre os maiores doadores, há alguns nomes que são velhos conhecidos: Norberto Odebrecht, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Universidade Federal da Bahia, a Petrobras. Doadores particulares também figuraram, como Agenor Pitta Lima, Bernardo Martins Catharino, Carlos Costa Pinto, Ernesto Simões Filho, Misael Berbert Tavares e Regina Simões de Mello Leitão.

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