:: ‘lama tóxica’
Marinha colhe amostras de água no Parque Nacional de Abrolhos
A Marinha do Brasil, através do Comando do 2º Distrito Naval,, enviou uma equipe de pesquisadores e técnicos do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), à região do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, que realiza coleta de amostras da água no local.
O objetivo do trabalho é verificar se as manchas que apareceram no mar da região na última semana possuem alguma relação com a lama formada a partir dos rejeitos de minérios que vazaram das barragens situadas em Mariana (MG), após acidente ocorrido em novembro de 2015, ou se são motivadas por outros fatores.
O material recolhido será encaminhado para exame nos laboratórios do IEAPM e o relatório com o resultado da análise deve ser conhecido em cerca de trinta dias.
Governo da Bahia monitora lama tóxica, que não deve chegar ao litoral baiano
A onda de lama de rejeitos minerais que se formou após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, e que chegou ao litoral do Espírito Santo, tem chance quase nula de chegar à Bahia, de acordo com o coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Eduardo Topázio.
“A distância entre o estuário (ambiente aquático onde acontece a mistura entre o rio e o mar) do Rio Doce e estes outros locais é enorme, demoraria muito a chegar aqui, levando em consideração a dinâmica do mar. A tendência das correntes, nesta época do ano, é ir para o sul, e a Bahia está ao norte da foz do Rio Doce”, explicou.
A avaliação de Topázio é que é extremamente remota a possibilidade da lama chegar ao litoral sul da Bahia, principalmente nas praias de Itacaré, Alcobaça e Abrolhos. “Devem ser consideradas todas as condições climáticas da região, no deslocamento da lama. Na ocorrência de chuvas é natural que apareçam manchas marrons no mar, o que pode levar as pessoas fazerem confusão com os rejeitos de minério” finalizou Topázio.
O Inema, através de sua equipe técnica, está monitorando a região e acompanhando as ações dos órgãos federais competentes, uma vez que o Parque Nacional Marinho de Abrolhos é de controle da União.
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