Kléber sorri: se cair, leva um monte de gente junto

O  ex-gerente de Recursos Humanos da Câmara de vereadores de Itabuna, Kleber Ferreira, concedeu entrevista ao blog Políticos do Sul da Bahia e comentou sobre a apuração da Polícia Federal sobre desvios no Legislativo.

Pelo que Kléber deixou escapar ao blogueiro Matheus Feitosa, metade dos vereadores está, digamos, com bons motivos para escrever uma cartinha a papai Noel pedindo algemas mais folgadas.

Veja a entrevista ao Politicos do  Sul da Bahia.

BLOG: A PF CUMPRIU MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO EM SUA RESIDÊNCIA, O QUE FOI LEVADO?

Kleber: A Polícia levou de minha residência alguns documentos, mas os contundentes foram as microfilmagens de cheques que eu entregada para alguns vereadores. Uma agente da PF me perguntou por qual motivo eu entregava esses cheques aos vereadores, mas disse que só falaria em juízo.

BLOG: E OS CHEQUES ERAM NOMINAIS AOS VEREADORES?

Kleber: Sim, já que o valor era alto, chegava até R$ 7 mil, sendo que eram para vereadores e assessores de vereadores. Inclusive tem microfilmagem de cheques que foram entregues ao atual presidente da câmara, Ruy Machado, esses cheques eram trocados em uma casa loteria da cinqüentenário.

BLOG: EM RELAÇÃO A ESSAS MICROFILMAGENS DE CHEQUES, QUANTOS VEREADORES ESTÃO ENVOLVIDOS?

Kleber: Acredito que de seis a sete vereadores estão envolvidos. Agora que a Polícia Federal já está com os documentos ela vai poder investigar quem realmente cometeu coisa errada.

BLOG: O QUE MAIS FOI LEVADO DE SUA RESIDÊNCIA?

Kleber: uma agenda que envolve o ex-diretor da câmara, Alysson Cerqueira, nesta agenda fica comprovada que tudo que ela realizado tinha o aval dele. Também foram levados documentos assinados por vereadores solicitando a liberação de empréstimos consignados.

BLOG: O QUE TEM A DIZER SOBRE A OPERAÇÃO DE HOJE?

Kleber: Eu estou desde agosto de 2010 desempregado, atualmente estou ajudando o meu filho em uma lanchonete. Essas denúncias caíram toda sobre mim, com essa operação a polícia vai ter documentos para chegar a conclusão de quem cometeu coisa errada.