:: ‘Helenna Castro’
Censo 2022 e a superexploração do trabalho
Helenna Castro
Imagine que você participou de um processo seletivo para realizar uma atividade extremamente relevante para seu país, o Censo demográfico, utilizado para obter informações sobre diversos aspectos das condições de vida da população. Na sua ingenuidade, você crê que receberá um pagamento equivalente à importância do seu trabalho e ao seu tempo trabalhado. Ledo engano.
Além do pagamento irrisório por entrevista realizada, foi fixado um prazo de até 17 DIAS para recebimento dos valores. Não existe um piso salarial, o recenseador recebe quando fecha o setor que lhe foi designado (após esperar o prazo citado que muitas vezes nem é respeitado), o que pode durar mais de um mês.
Não fosse suficiente não saber quando nem quanto irá receber, o próprio fechamento do setor é dificultado pelo IBGE, já que apenas alguns dos recenseadores receberam uma “ajuda de custo” para o transporte, devendo os demais se responsabilizarem por chegar ao local de trabalho ‘se virando’.
Não é incomum também que um recenseador precise trabalhar à noite ou aos finais de semana já que após a primeira visita, é necessário que se retorne ao local mais 4 vezes na tentativa de encontrar morador. Se você não encontrar gente na casa em nenhuma dessas 5 VISITAS, recebe apenas alguns centavos por aquele domicílio já que você FALHOU em realizar a entrevista. Sem contar as casas em que você encontra o morador e ele te trata mal, te constrange e afinal não responde.
Segundo o IBGE, “o Censo Demográfico é a mais complexa operação estatística realizada por um país, sobretudo quando ele tem dimensões continentais como o Brasil, com 8.515.692,27 km², distribuídos em um território heterogêneo, muitas vezes de difícil acesso, composto por 27 Unidades da Federação e 5.565 municípios e com uma população de 190.755.799 habitantes.” Concordo com o IBGE quando afirma que a operação é complexa. Especialmente complexa quando você não tem nenhum direito trabalhista garantido.
A liberdade de imprensa sob ataque
Trabalho de conclusão de curso de Helenna Castro, do curso de Jornalismo da Anhanguera Itabuna. A videorreportagem traz dados com relação à liberdade de imprensa no Brasil desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro, com principal enfoque no impacto dos comportamentos e falas do mesmo sobre esses números. Aborda-se a crescente descredibilização do trabalho dos meios de comunicação em massa; o tratamento violento que passou a ser dispensado aos jornalistas dos veículos de imprensa por cidadãos comuns; a proliferação em larga escala de fake news (notícias falsas) nas redes sociais; e as limitações ao exercício do direito constitucional à liberdade de expressão.
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