:: ‘Gogó de Ouro’
Comunicação triste com a partida de seu Gogó de Ouro
Por Walmir Rosário
Elival Vieira dos Santos foi o nome recebido na pia de batismo, mas Ilhéus, a Bahia e o Brasil o conhecia como Saldanha, o Gogó de Ouro, voz que tanto sucesso fez pelas emissoras de rádio, documentários em TV, palanques e reuniões. Foi chamado por Deus na tarde deste sábado (25), sem se despedir dos parentes e amigos. Não deu tempo, o coração falhou e nem esperou a cirurgia marcada para esta segunda-feira (27).
Saldanha completaria 71 anos no próximo dia 8 de agosto próximo e prometia brindar com os amigos a passagem de mais um ano e foi impotente para fazer o tempo parar por uns dias. Desígnio de Deus, com certeza. Ilhéus perde um dos seus filhos ilustres, daqueles que, embora não tenha nascido no solo desta mãe gentil, o é por direito, por Título de Cidadão conferido pela Câmara Municipal.
Conheci Saldanha por volta do final da década de 1970, num dos muitos eventos de comunicação. De logo, nos tornamos mais que conhecidos – amigos. Quando nos encontrávamos passávamos os fatos em revista, e ele, com a gentileza de sempre, fazia questão de elogiar os trabalhos, contava seus planos futuros e sua intenção de entrar na política como parlamentar.
Participar de um evento com Saldanha era certeza de alegria, pois contagiava a todos com os elogios, como se estivesse falando para multidões. Fazia questão que todos ouvissem o seu discurso, mesmo que particular. Sabia, como ninguém, quebrar o “gelo” numa entrevista coletiva, ao pedir a palavra e direcionar uma pergunta para o presidente, governador, senador, deputado ou prefeito.
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