:: ‘festas’
O VIZINHO RICO ERA UM LADRÃO…
Bem alimentados, vestidos com roupas de grife, matriculados no ensino médio e idades entre 19 e 22 anos, José Rafael Bahia Forte, Rafael Brandão dos Santos, o “Rafaelzinho”, Marcos Felipe de Jesus, o “Lacerda”, e Igor dos Santos Lobo têm algo em comum: roubavam para financiar festas e baladas na noite de Salvador. Os quatro rapazes integravam uma quadrilha que praticou, pelo menos, sete roubos no condomínio Encontro das Águas, em Lauro de Freitas, além de roubos de veículos, desarticulada, nesta terça-feira (26), durante uma operação coordenada pela equipe da 34ª Delegacia Territorial (DT/Portão).
Jóias, obras de arte, roupas e bolsas de grife, mais de R$ 10 mil em bebidas importadas e eletroeletrônicos, como TVs de LCD, tablets e celulares, subtraídos nos assaltos foram recuperados pela polícia. Um volume, que se calculado em dinheiro, equivaleria, aproximadamente, a 10 por cento de tudo que foi roubado pela quadrilha em nove meses de ação dentro do condomínio. Rafael Bahia Forte é filho de um dos condôminos e, graças a essa condição, era exatamente quem facilitava a entrada dos comparsas no local, repassando informações, como por exemplo, o momento da troca de turnos dos seguranças.
Segundo informou o delegado Claudio Meirelles, titular da 34ª DT/Portão, o grupo, apresentado à imprensa, na manhã desta quarta-feira (27), no auditório do prédio sede da Polícia Civil, na Piedade, vinha sendo investigado desde outubro do ano passado, quando houve o primeiro registro de roubo ao Encontro das Águas. Rafael Bahia admitiu que praticava os assaltos, apesar de pertencer a uma família de classe média alta, para financiar noitadas em boates e festas e disse que chegou a gastar R$ 15 mil em apenas uma noite numa boate bem frequentada pelos jovens de classes mais abastadas da cidade.
As investigações, conduzidas pela equipe da 34ª DT, indicaram que Rafael, “Lacerda”, Igor e “Rafaelzinho” eram os autores dos assaltos registrados na unidade policial. Os quatro, que ainda não tinha entradas em delegacias, tiveram suas prisões preventivas solicitadas à Justiça, que expediu mandados de prisão e de busca e apreensão para as residências dos acusados, nos bairros de Itapuã e Ribeira.
Segundo o delegado Cláudio Meirelles, os ladrões aproveitavam-se de falhas na segurança particular do condomínio para acessar os imóveis, optando entrar pelos fundos do terreno, por onde passa o rio Joanes, área pouco movimentada. Os moradores eram mantidos na mira de revólveres e pistolas e agredidos constantemente, enquanto o bando saqueava a casa, levando qualquer objeto de valor.
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