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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Ditadura Militar. de Fazenda em Fazenda’

Odilon Pinto supera 70 anos, em defesa da democracia e da cultura popular

por Celina Santos, no Diário Bahia

odilon pintoUm doutor das letras nos laços da cultura popular; um defensor da democracia, que literalmente sentiu na pele as marcas de não aceitar o que lhe era imposto. Eis as primeiras palavras que podem descrever o radialista, professor e pesquisador Odilon Pinto Mesquita Filho. Com 70 anos e 9 meses intensamente percorridos, ele nasceu em Teresina (PI), mas chegou a Itabuna ainda na juventude, trazido pela organização política Ação Popular.

O grupo arregimentava pessoas movidas pelo ideal de liberdade e contra a Ditadura Militar, cujos efeitos foram vividos no Brasil de 31 de março de 1964 até 1985. “Eu lutei muito! Eu e muita gente lutamos, arriscando a vida até. Eu estou vivo por sorte (risos contidos)”, recorda ele, que ficou anos preso.

Detido em Ibicaraí e levado para a Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador, Odilon Pinto experimentou o já tão relatado tratamento dispensado àqueles que não concordavam com aquele regime. Diante de nossa pergunta (um tanto óbvia, mas necessária) se ele foi torturado, o hoje grapiúna detalhadamente – embora sereno – contou:

“Fui! Todo mundo na época era. Eles queriam saber o nome dos outros. Prendiam você e, logo nos primeiros dias, ia torturar pra você entregar quem eram os outros. Choque, pancada, surra… E quando eles achavam que era perigoso, eles matavam mesmo. No meu caso, não. Porque quando me prenderam, eles já sabiam tudo. Em Panelinha, perto de Camacan, eu morava com um casal de companheiros e, quando eles prenderam o casal, eu fugi. Mas quando me prenderam depois, já sabiam tudo quem eu era, o que eu fazia, já tinham levantado tudo, investigado tudo”.

Aí perguntamos: e quem o senhor era? Ao que ele, mais uma vez serenamente, respondeu: “Eles chamavam de terrorista, mas eu acho que aquilo era só pra botar uma imagem negativa. Eu era militante comunista, militante revolucionário e ponto. Lutava pela democracia, eleição, essas coisas. Que as pessoas pudessem escolher quem governava, era isso que a gente fazia”.

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