:: ‘crianças escravizadas’
Presidente do Instituto Pensar Cacau diz que chocolate da Nestlé tem “gosto de sangue de crianças africanas escravizadas”
O produtor rural e presidente do Instituto Pensar Cacau (IPC), Águido Muniz, reagiu à declaração da Nestlé, que para justificar a importação de três mil toneladas de cacau de Gana para a unidade processadora em Itabuna, alegou que “o produto importado é utilizado como matéria-prima fundamental para a composição do blend, responsável por manter as características essenciais nos produtos comercializados pela companhia e já aprovados pelos consumidores locais” .
Em comentário postado na Lista do Cacau, um fórum de debates na intrernet coordenado pela Unicamp, Águido questiona “que blend se consegue fazer com cacau esfumaçado e manchado com o sangue de crianças escravizadas?”. E pergunta ainda se “o consumidor europeu, que não troca carne de boi por carne de cavalo, vai trocar o cacau da Mata Atlântica da Bahia pelo cacau das florestas devastadas da África e das crianças contrabandeadas de Máli?”
Para Águido, “o que a Nestlé define como blend, não passa de maquiagem”.
- 1