:: ‘Carlos Riela’
O futebol elegante de Carlos Riela
Walmir Rosário
Essa é a minha opinião, quem achar que estou errado, que me corrija, mas não acredito que terei vozes discordantes, só se o distinto não gostar, ou sequer já assistiu a uma partida do bom futebol. É preciso que o atleta, para ser considerado um craque completo, tenha mais do que os cinco sentidos, quem sabe seis ou sete, além de uma ou duas especialidades e muito gosto pela bola.
Pra começo de conversa, o craque em questão deve ter em boa conta os cinco sentidos humanos, como a boa visão: ver de onde o jogo vem e pra onde deve ir; audição: escutar tudo o que os jogadores do seu time e os adversários conversam; olfato: sentir no vento o cheiro da bola e dos adversários; paladar: um dos mais importantes, pois tem que comer a bola, encará-la como se fosse um delicioso prato de comida em frente a um esfomeado; e o tato: saber como vem a bola e dar o efeito necessário para desviá-la do concorrente.
Mas o meu craque, que passarei a descrevê-lo agora, tem muito mais que isso, ultrapassa a simples ciência pelos gramados, bem sofríveis ou ruins, à época, é verdade, e ele conseguia pelo tipo de arrepio de sua pele, dominar a jogada; com equilíbrio, dominava a bola; e com a intuição despachava a pelota para o companheiro que sabia se colocar na área e marcar o gol.
Pelo que já noticiei, passamos por oito sentidos em uma só jogada e poderíamos enunciar mais com a ajuda da ciência. Mas vamos ficar por aqui, não sem antes de anunciar outra qualidade maior deste meu craque: O DNA. Basta verificar o sobrenome dele para finalizar alguma discussão que por ventura surja, mas não creio. Eu estou me referindo a Carlos Riela, que com os irmãos Fernando, Leto e Lua proporcionavam o espetáculo no Campo da Desportiva Itabunense, ou qualquer campo adversário.
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