:: ‘Carlos Alberto Brilhante Ustra’
O golpista, o torturador homenageado e a torturada golpeada

Incrível como passou quase desapercebido naquele turbilhão de atos vergonhosos. Na hora de votar “sim” pelo impeachment, o deputado Jair Bolsonaro não apenas fez questão de homenagear Carlos Alberto Brilhante Ustra, um doa carniceiros Ditadura Militar, como ainda completou: “o torturador do Dilma”.
Nada mais simbólico num Congresso Golpista.
Nada mais preocupante numa democracia tão frágil quanto a nossa.
Que (não) descanse em paz
O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra morreu nesta quinta-feira (15), aos 83 anos, em um hospital de Brasília. Ele tratava um câncer e estava internado desde 23 de abril com suspeita de infarto depois de sofrer um mal-estar. Segundo a família, sua imunidade estava baixa por causa da quimioterapia. Ustra foi o chefe do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), órgão de repressão política durante a ditadura militar.
Em 2013, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff participou de “organizações terroristas” para implantar o comunismo entre 1960 e 1970. Segundo Ustra, se os militares não tivessem lutado, o Brasil estaria sob uma “ditadura do proletariado”. Em dezembro, o relatório final da Comissão da Verdade incluiu o nome de Brilhante entre os 377 responsabilizados por mortes na ditadura.
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