WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
hanna thame fisioterapia animal

prefeitura itabuna sesab bahia shopping jequitiba livros do thame




Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
D S T Q Q S S
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031  


:: ‘cacau. tupinambás’

Sonho africano, realidade grapiuna

Helenilson Chaves

 

Hoje eu me vi comemorando o perdão das dívidas da lavoura cacaueira, tão injustas quanto impagáveis, já que são frutos de erros absurdos e de orientações equivocadas quando do surgimento da vassoura de bruxa e seus efeitos devastadores.

No sonho, evidentemente eu era africano e não sulbaiano e brasileiro.

Quando acordei, brasileiro e sulbaiano, amante dessa terra, me dei conta de que o mesmo governo brasileiro que perdoou dívidas de países africanos,  tem sido implacável com uma região que tanto contribuiu com a economia da Bahia e do Brasil e que há duas décadas atravessa a pior crise de sua história.

Longe do confortável mundo dos sonhos, vivemos uma triste realidade em que nos faltam lideranças efetivamente comprometidas nos falta capacidade de mobilização, a ponto de sensibilizar as autoridades. Décadas de individualismo, um dos mais perversos subprodutos do cacau, parecem  ter tirado a nossa capacidade de união.

E, sem união, não se vai a lugar nenhum.

Vejamos o caso dos produtores do Mato Grosso, que tiveram suas propriedades, adquiridas de forma legítima, invadidas por indígenas. Eles se mobilizaram, protestaram, reivindicaram e com isso a presidenta Dilma Rousseff teve que conter a política da Funai,  claramente favorável a demarcações de terras que não respeitam critérios técnicos e desafiam o bom senso.

No Sul da Bahia, o que vem ocorrendo é um verdadeiro absurdo, com famílias que ocupam legalmente suas terras e delas tiram o sustento, sendo expulsas por supostos tupinambás, que não raro usam da violência para invadir propriedades, amparados por um relatório da Funai.

Trata-se de um documento típico de burocratas que desconhecem a realidade regional e teimam em impor uma reserva que, se demarcada, trará enormes prejuízos socioeconômicos para a região, além de criar um clima hostil, de consequências imprevisíveis.

Tanto no caso das dívidas do cacau como da invasão de propriedades rurais por supostos indígenas, falta-nos capacidade de organização e a chama que marcou os nossos pioneiros, sempre prontos a encarar as adversidades.

Uma letargia que está cobrando a conta. E ela vem na forma de desesperança e estagnação,

Talvez tenhamos alguma coisa a aprender com os africanos…





WebtivaHOSTING // webtiva.com.br . Webdesign da Bahia