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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘2a. Guerra Mundial’

Putin celebra setenta anos de vitória soviética sobre nazismo

russia

Breno Altman

brenoDia 8 de maio, 1945.

O relógio apontava quase meia-noite na Escola de Engenharia Militar da Wehrmacht, em Karlshorst, na periferia de Berlim, onde estava instalado o quartel-general das forças soviéticas.

Começava a cerimônia de rendição formal das tropas alemãs, findando uma guerra de agressão que durara quase seis anos.

Os derrotados estavam representados pelo marechal Wilhelm Keitel (Exército), o general Hans-Juergen Strumpff (Aeronáutica) e o almirante Hans-Georg von Friedeburg (Marinha).

O ato de capitulação incondicional era presidido pelo marechal Georgi Konstantinovich Zhukov, principal liderança militar da União Soviética.

O marechal britânico Arthur William Tedder, representando o comando do Corpo Expedicionário Aliado na Europa, subscrevia o documento de rendição junto com o comandante do Exército Vermelho.

O general norte-americano Carl Spaatz e seu colega francês, Jean de Lattre de Tassigny, assinavam como testemunhas.

Às 00h45 do dia 9 de maio entrava para a história o documento que determinava a vitória das forças antinazistas.

Outros momentos de rendição anteciparam a solenidade em Berlim, mas este seria consagrado como a página final do conflito mais épico e doloroso da história.

Acima de tudo, porque era o reconhecimento simbólico, com os nazistas de joelhos, que o mundo devia ao heroísmo soviético a colaboração principal para a derrota de uma ditadura forjada no terror contra os trabalhadores e a democracia.

Mais de 74% das baixas totais da Wehrmacht (10 milhões, sobre 13,4 milhões de soldados abatidos) foram provocadas pelas armas soviéticas.

O Exercito Vermelho eliminou 607 divisões inimigas entre 1941 e 1945, contra 176 dizimadas por britânicos e norte-americanos juntos.

O número de combatentes mortos e feridos na frente oriental foi seis vezes maior que na ocidental e no Mediterrâneo somados.

No calor dos dias finais de combate, quando a verdade se impunha a sangue e fogo, os chefes das nações capitalistas aceitaram naturalmente a proeminência da União Soviética na luta contra o inimigo comum.

“O exército russo está matando mais soldados do Eixo e destruindo mais material nazista do que todas as outras 25 nações juntas”, disse o presidente do EUA, Franklin Roosevelt, a certa altura do conflito.

O anticomunismo e a Guerra Fria, porém, levariam à disputa incessante para reescrever o que havia se passado nos campos de batalha.

Discursos, filmes, livros, peças e toda sorte de documentos passaram a ser produzidos para esmaecer o papel do Exército Vermelho e criminalizar o desempenho do líder da primeira pátria socialista, Joseph Stálin.

Até mesmo setores de esquerda claudicaram diante de versões destinadas a recontar o enredo da Segunda Guerra Mundial, pressionados pela ofensiva ideológica da burguesia mundial ou movidos por legítimas críticas à experiência soviética sob o tacão de ferro do velho militante bolchevique.

O sucessor de Lênin foi acusado por muitos erros e crimes no dramático período de governo revolucionário que lhe tocou conduzir, durante o qual, como registrado pelo historiador trotsquista Isaac Deutscher, o país saiu da era do arado e se converteu em uma potência atômica.

Mas a verdade é que os homens e mulheres livres devem a derrocada do nazismo ao Exército Vermelho e a União Soviética, à abnegação de seus combatentes e cidadãos, ao comando de Stálin e seus militares.

A partir da lendária Batalha de Stalingrado, a mais gloriosa de todas as gestas militares, na qual os nazistas beijam a lona pela primeira vez, concluída em 1943, alterou-se a sorte do enfrentamento, transformado em grande guerra patriótica, como até hoje é tratada em solo russo, pela comunhão armada de soldados regulares, guerrilheiros comunistas e resistência popular.

Dois anos depois, Berlim caia nas mãos das guerreiros de Zhukov, consolidando o triunfo dos aliados em todas as demais frentes.

A bandeira com a foice e o martelo, alçada sobre as ruínas do Reichstag, foi a arma que feriu de morte a besta hitlerista, empunhada pelos 20 milhões de mortos que a União Soviética doou à libertação dos povos.

Quando as tropas russas voltarem a marchar sobre Moscou, no dia 9 de maio, diante de Vladimir Putin e convidados, estes fatos serão lembrados e o mundo terá mais uma chance de bater continência à honestidade histórica.

O presidente russo fará questão de mostrar, mesmo em circunstâncias históricas diferentes, ainda marcadas pelo colapso do socialismo, mas resgatando o feito monumental da vitória contra o nazismo, que não se brinca com a soberania e a independência de sua nação.

 Breno Altman é diretor editorial do site Opera Mundi.

Patrimônio preservado: aprovada a criação do Museu Frans Krajcberg

O projeto de lei para a criação da Fundação Museu Artístico Frans Krajcberg foi aprovado nesta terça-feira (19), por unanimidade, pela Assembleia Legislativa da Bahia. O projeto, de iniciativa do Governo do Estado, tem o objetivo de preservar o acervo do ambientalista polonês de 92 anos, há mais de 60 na Bahia, no município de Nova Viçosa. A nova entidade também terá um espaço em Salvador, no bairro de Ondina.

Krajcberg disse que fez a doação de todo o seu patrimônio para o Governo do Estado e explicou o porquê. “Quero que tudo o que eu fiz fique no estado da Bahia para sempre e crescendo, para lutar pela saúde do planeta. A Bahia é importante porque minha luta começou aqui, acho que deve continuar e eu estou chegando aos 92 anos”. O artista disse que mora em “um dos últimos pedaços da floresta mais linda e rica do planeta, em Nova Viçosa, que já foi incendiado quatro vezes e agora é vigiada constantemente, por ordem do Governo do Estado”.

O governador Jaques Wagner falou com Krajcberg por telefone, logo após a aprovação, ainda na Assembleia. “É com honra e satisfação que criamos a fundação que homenageia um homem que lutou pela liberdade, sofreu com a perseguição na 2ª Guerra Mundial e dedicou a sua vida à arte e ecologia. Faremos da sua obra e do prório museu motivos de orgulho para o povo baiano, além de incentivo e símbolo da educação artística e ambiental”.





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