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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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TIROS PARA TODOS

Um aposentado de 75 anos foi morto ao reagir a uma tentativa de assalto.

O crime aconteceu na rua Henrique Alves, no trecho que pertence ao bairro Castália, mas que é igualmente perigosa no trecho inicial, que faz parte do Pontalzinho. Como poderia fazer parte do Gogó da Ema, do Góes Calmon, do Califórnia, da Zildolândia ou do Maria Pinheiro.

Na Itabuna de hoje, não é apenas a falta d´água que foi socializada. A violência também atinge pobres, ricos e remediados.

Não poupa ninguém.

Enquanto isso, nossas entidades representativas (sic!) continuam atuantes na hora de cobrir de salamaleques os poderosos de plantão, mas são de um mutismo constrangedor quando se trata de cobrar das autoridades aquilo que é obrigação delas: garantir os direitos básicos do cidadão.

Como a água e a segurança, obviamente.

TEMPO BOM !

Da janela vejo algo caindo do céu…

Não é disco voador. Alguém me socorre:

-É a chuva, é a chuva !!!

Tanto tempo que nem me lembrava mais como era.

Não seja apenas bem-vinda, mas que seja torrencial e demorada.

É PRÁ RIR?

O bêbado leva um baita escorregão e cai de cócoras. Com muita dificuldade, consegue se levantar. De repente, sentiu um líquido escorregando pelo corpo, procurou a garrafinha que trazia, apalpa os bolsos e geme:

-Hic… Tomara que seja sangue!

BOLA INDIGESTA

O raríssimo final de semana em casa me proporcionou uma overdose de futebol. No sábado, vi pela ESPN boa parte de Hamburgo x Borussia Dortmund pelo Campeonato Alemão e Napoli x Palermo pelo Italiano, além de Criciúma x Corinthians, pela série B do Campeonato Brasileiro, na Rede TV.

No domingo, fui Blackburn x Chelsea pelo campeonato inglês na ESPN, e ´zapeei´ entre Palmeiras x Grêmio, na Band, e Cruzeiro x Fluminense, na Globo, pelo Campeonato Brasileiro e Lecce x Milan pelo italiano. Ainda tive tempo de ver alguns lances de Arsenal x Manchester United pelo inglês, estes pela ESPN.

Para alguém que, como eu, adora futebol, poderia ter sido um banquete.

Foi uma indigestão!

Um festival de transpiração e nenhuma inspiração, em que craques como Kaká e Cristiano Ronaldo se perdem em meio à mediocridade geral e a esquemas táticos medrosos em que ´meio a zero` é goleada.

Deu saudade dos tempos em que não havia tantas opções na televisão, mas que em compensação se jogava aquilo que a gente podia chamar de Futebol. Com F maiúsculo mesmo.

ESCATOLOGIA A SECO

A falta de água em Itabuna começa a produzir cenas dignas de Nelson Rodrigues.

Dia desses, o filho saiu da escola e foi ao escritório em que a mãe trabalha como secretária, para irem juntos pra casa.

Produziu-se, então, o seguinte diálogo:

-Filho, aproveita pra cagar…

-Mas mãe, eu não tô com vontade de cagar…

-Faz uma força filho…

-Mãe, eu já disse que não tô com vontade…

-Tá bom, mas não me invente de querer cagar quando chegar em casa, porque lá não tem uma gota de água!

Vem aí o “Bolsa Merda”.
Ou o “Bolsa Bunda”, se preferem algo mais palatável.

EM CIMA DO FATO

Isso é que se chama estar em cima do fato.
Nem na Cabrália dos meus (bons) tempos!!!!

BOLSA ÁGUA

O Bolsa Renda, promessa de campanha do Capitão Azevedo, ainda é uma incógnita.
Mas, a depender do presidente da Emasa, Isaias Mendes Lima, a população está prestes a encarar o Bolsa Água.
Isaias sugeriu que os itabunenses usassem garrafas pet com dois litros água pra tomar banho. Mais dois litros pra cozinhar, dois litros pra lavar roupa, dois litros pra beber (se é que alguém se arrisca a beber água da Emasa) e temos o nosso Bolsa Água.
8 litros de água por dia pra cada um e não se fala mais nisso.

THANK YOU, HAMILTON

Por linhas tortas -ou pelas curvas do destino- devo à Fórmula 1 minha entrada no jornalismo. Lá pelos idos de 1977, Emerson Fittipaldi era bicampeão mundial, mas meu ídolo era José Carlos Pacce, um piloto apenas esforçado, que tinha vencido apenas um Grande Prêmio, justamente o GP do Brasil. E ainda assim num gesto de extrema generosidade de Emerson, que tirou o pé nas últimas voltas e deixou o compatriota ganhar.

José Carlos Pacce morreu num acidente (de avião, ora vejam!) e eu fiz uma redação exaltando meu ídolo. Levei o texto à redação do jornal A Região, um diário de circulação restrita à Osasco, na Grande São Paulo. Acabei recebido pelo dono do jornal, João Macedo de Oliveira, que não sabia se olhava para o texto ou para aquele quase menino, assustado e trajando roupas simples, que já haviam conhecido dias melhores.

Felizmente olhou para o texto e após ler perguntou se eu não queria trabalhar no jornal. Para quem ganhava a vida como pintor de paredes, era como se alguém oferecesse o bilhete para o paraíso, ainda mais que João Macedo, um desses anjos que Deus costuma colocar no nosso caminho e só nos damos conta disso muito tempo depois, conseguiu que eu retomasse os estudos, interrompidos por absoluta falta de condições financeiras.

Eram tempos românticos, em que com um pouco de talento e um muito de sorte, se abriam as portas do jornalismo. Hoje, com as devidas exceções, sem um bom padrinho (ou otras cositas más, no caso de mulheres) não se passa nem da portaria de um jornal, uma emissora de rádio ou de televisão. A menos que se aceite ganhar um salário que faça pintor de paredes parecer um marajá…

Feita essa revelação, que certamente terá impacto planetário e fará a imprensa ser eternamente grata a José Carlos Pacce, vamos ao que interessa.

Como boa parte dos brasileiros, torci para que Felipe Massa fosse campeão de Fórmula 1 neste domingo, apesar de achar que Lewis Hamilton merecia o titulo. Não é pouca coisa um negro, com jeito e cara de menino, brilhar num esporte de elite, recheado de ´maurícinhos´. Hamilton, assim como a possível vitória de Barack Obama nas eleições dos EUA, representa um sopro de novidade e de utopia, num mundo cada vez mais competitivo e com cada vez menos espaço para o sonho, o imprevisível.

Deixei minhas perorações sócio-filosóficas de lado, e fiquei ligado na tela monopolista da Rede Globo, obrigado a ouvir Galvão Bueno.

Massa largou na frente e lá se manteve durante toda a corrida. O problema é Hamilton, escolado pelas barbeiragens que cometeu ano passado, quando jogou o título fora por pura afobação, correu para chegar no 5º. lugar que lhe bastava e nem se importou para o que ocorria à sua frente.

A corrida seguia numa chatice só, Massa em primeiro, Hamilton na dele. E Galvão elevando os níveis de patriotada, torcendo para que o motor do carro do inglês estourasse, que os pneus furassem ou que ele tivesse uma dor de barriga daquelas que o sujeito é obrigado a parar atrás da primeira moita…

Eu estava vendo a hora em que Galvão deixasse seu posto de narrador e invadisse a pista para impedir que Hamilton continuasse na prova.

E tome “o Brasil tem um novo ídolo”, “Massa é um piloto completo”, “o país se rende ao talento de Massa”, num crescendo que atingiu o clímax quando, na ultima volta, Hamilton foi ultrapassado e caiu para sexto lugar, resultado que daria o título a Massa. Galvão só não viu, porque estava quase em transe, que o piloto que estava em quinto lugar usava pneus lisos e se arrastava na pista em meio ao temporal. Hamilton passou por ele com a facilidade com que um carro Fórmula 1 passa por um carrinho de pipoca.

Desde que, é claro, o carro de Fórmula 1 não esteja sendo pilotado por Rubinho Barrichelo, porque neste caso as chances do carrinho de pipoca chegar na frente são imensas.

Naqueles segundo finais, naquele restinho de pista, antevendo o festival de ufanismo, a verborragia e a exaltação desmedida liderada por Galvão e reverberada pela Globo, esqueci que Massa não apenas é brasileiro, como também sãopaulino. Passei a torcer por Lewis Hamilton.

O inglês mereceu o título. E nós, enquanto não tivermos a saudável opção de escolher a emissora de televisão que desejamos assistir a uma corrida de Fórmula 1, um jogo da Seleção Brasileira ou a partida do nosso time do coração, não merecemos Galvão Bueno.

Thank you, Hamilton.

O HOMEM QUE MORDEU O CÃO

Uma das regras não escritas do jornalismo versa que se um cão mordeu um homem não é notícia, mas se um homem mordeu um cão, é notícia.
Pois naquela Havana do início de 1995, espírito de repórter a mil, eu ia atrás do homem que mordeu o cão. E do cão que mordeu o homem.
Durante o dia, fazia reportagens sobre a vida num país socialista afundado numa crise em que sabonete, pasta de dentes e até absorventes eram considerados artigos de luxo.
À noite, mergulhava no submundo da prostituição e do mercado negro, em meio a jineteras e jineteros e a comercialização nem tão clandestina de charutos e de PPG, um precursor do Viagra, que fazia muito sucesso na época. “Hay que endurecer”, já dizia Che.
Está última série de matérias produzidas em Cuba mostra como um país em frangalhos usa todas as armas para manter viva a chama do socialismo. Mesmo as menos ortodoxas. E também o fascínio exercido pelas novelas brasileiras, uma mania na Ilha.
Agora é esperar 2010, quando pretendo produzir algo do tipo “15 anos depois”. Isso se Deus, a crise econômica e Fidel permitirem.

MERCADO NEGRO ÀS CLARAS

Tabaco, ron, PPG, dólar?”. É impossível transitar por Habana Vieja e parar na entrada dos hotéis da capital cubana sem ser abordado pelos operadores do mercado negro. São dezenas, centenas deles, agindo praticamente nas barbas dos policiais, que assistem passivamente às negociações com os turistas.

O charuto cubano é o mais comercializado no mercado negro. Marcas como o Cohiba (o preferido de Luiz Inácio Lula da Silva) e Montecristo são as coqueluches para os compradores. Numa loja convencional, a caixa com 25 charutos Cohiba não sai por menos de 50 dólares. No “negro” dá pra negociar até por 15 dólares, mesmo valor do Montecristo. Guias turísticos alegam que os produtos do mercado negro são falsificados, mas isso soa incoerente num país que não produz uma agulha fora das fabricas controladas pelo governo. “Meu irmão trabalha numa fábrica de charutos e desvia para que eu venda”, diz candidamente R., de 22 anos.

Outro produto que está se tornando famoso é o PPG, remédio que controla o nível de colesterol, mas criou fama porque, supostamente, transforma o mais caidaço dos homens num garanhão. Lenda ou não, o PPG vende como água no mercado negro. Pode se comprar duas caixas por 10 dólares, quando nas lojas para turistas uma caixa custa o dobro.

Obter PPG para o ´negro´ é complicado por causa da receita médica? Nem tanto. “Um médico fornece as receitas e a gente consegue barato, pagando em pesos”, diz P., um jovem que combateu em Angola com o exército cubano, retornou e hoje “batalha” vendendo charutos e PPG.

A coisa é tão escancarada que existe até uma espécie de pronta-entrega, com contatos por telefone e entrega dos produtos nos hotéis. O comércio de rum no ´negro´ é restrito, quase insignificante. O câmbio de dólares é mais freqüente na porta das diplotiendas e interessa basicamente aos cubanos, que precisam da moeda americana para fazer compras, do que aos turistas, que só podem usar o dólar ou o peso turismo na base do 1/1.

A exemplo da prostituição, tem-se a nítida impressão de que o governo tolera o mercado negro, porque os dólares acabam ficando mesmo no país.





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