João Palma

 joão palmaA partir do relatório de um renomado neurocientista do MIT que tratava da importância dos estímulos na formação das sinapses neuronais no bebê em gestação nasceu, em 2004, na cidade de Barueri/SP o projeto COALA, sigla para Comitê de Orientação e Apoio à Leitura Acolhida.

O relatório de Susumu Tanegawa, o neurocientista, deu margem ao entendimento de que a leitura seria uma ação de grande estimulação para o desenvolvimento do cérebro do bebê ainda na barriga da sua mãe.

A leitura estabeleceria e fortaleceria vínculos, inclusive com o pai que ao ler para o bebê estaria inserido no universo tão particular de uma gravidez. Mais que a música, a leitura marca e identifica a voz de quem lê e cria uma identidade sólida.

O Coala passou a ser trabalhado nas Unidades Básicas de Saúde onde eram realizados os acompanhamentos do pré-natal. Leitura em grupo, em voz alta, leitura solitária e leitura realizada inclusive por uma ginecologista que agendava na biblioteca do bairro um encontro com suas pacientes. Ótima oportunidade para trabalhar temas e preocupações inter-relacionadas com a gravidez.

Outra ação do projeto era a leitura na Maternidade Municipal pré e pós parto e com especial atenção à sala de cuidados especiais, como a UTI neonatal.

facebook_1504093910311Nas creches acontecia a Hora do Conto e nas pré-escolas as crianças levavam livros para casa na sexta-feira como um convite para a família dedicar um tempinho para a leitura das histórias maravilhosas que só cabem nos livros.

Anos mais tarde, em 2014, um grande espaço foi destinado ao Coala para gerenciar a ampliação do programa que passou a trabalhar com gestantes de risco, produção de livros artesanais, oficinas para formação de facilitadores de leitura. Até um cinema dedicado ao bebê foi inaugurado.

Dia desses tomei conhecimento que na cidade de Sobral/CE havia sido implantado, por profissionais de São Paulo, um projeto com o mesmo nome – COALA – focado nas questões de saúde notadamente no esforço para redução da mortalidade neonatal por causas evitáveis.

Que bom!

 

João Palma é  idealizador e coordenador do  projeto Diadelertododia