Consulta a reeducandos do Conjunto Penal de Itabuna ajuda na construção de metas do Plano Pena Justa, do CNJ
Uma dinâmica com dezenas de reeducandos do Conjunto Penal de Itabuna, realizada nesta terça-feira (22), marcou a apresentação do Plano Pena Justa, iniciativa do CNJ e da União que busca transformar o sistema penitenciário brasileiro, combatendo violações de direitos, a superlotação e as más condições de encarceramento.
Foram ouvidos 55 internos e internas que, após conhecerem o plano, opinaram em consulta pública, sobre temas de diversos eixos, que irão nortear a sua implantação. Os pedagogos da Socializa que atuam no Conjunto Penal de Itabuna, Rute Praxedes e Ismael Teles, conduziram a dinâmica e a consulta.

De acordo com a pedagoga Rute Praxedes, o plano foi bem recebido pela população carcerária, especialmente porque visa garantir direitos fundamentais e padronizar as unidades prisionais.
A consulta pública permite que eles, enquanto parte interessada, possam opinar – junto com a sociedade civil, familiares de pessoas presas, organizações de direitos humanos e cidadãos em geral -, enviando propostas e apontamentos que vão ajudar a aprimorar o Plano.
O encontro foi promovido pelo setor pedagógico da Socializa, a partir de uma ação proposta pela Seap, por meio da Diretoria de Integração Social (DISO). O próximo passo será a consolidação dos dados na plataforma do Plano Pena Justa, para que possam compor, com as contribuições de todo o Brasil, uma proposta de humanização do sistema penitenciário, dentro dos ditames da Constituição de 1988.
“São informações que irão possibilitar a construção de um sistema prisional verdadeiramente ressocializador, com a garantia da punição de forma justa e sem excessos, ou seja, promovendo ao mesmo tempo a punibilidade, prevenindo o superencarceramento e combatendo a reincidência na criminalidade”, afirma o diretor do Conjunto Penal de Itabuna, José Fabiano Barbosa Carvalho.











