Professor  Negreiros, Deuzimar Menezes 

 

O documentário Doutor Araguaia, produzido e dirigido com maestria e modo poético por Edson Cabral, surge como uma contribuição significativa para a construção de uma memória histórica crítica no Brasil, ao alumiar a trajetória de João Carlos Haas Sobrinho, o “Juca”. O projeto, realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022, demonstra o papel fundamental da cultura na preservação e valorização de narrativas históricas que, por muito tempo, foram silenciadas pelos interesses hegemônicos e autoritários vigente no Brasil.

A Trajetória de Juca e o Contexto da Guerrilha do Araguaia
João Carlos Haas Sobrinho, médico formado pela UFRGS e militante político, representa um dos muitos jovens idealistas que se engajaram na luta pela democracia e justiça social durante a ditadura militar no Brasil (1964–1985). Com uma sólida formação jesuíta e compromisso humanitário, ele não apenas atendeu populações marginalizadas na Amazônia Legal, mas também consolidou laços de confiança, respeito, admiração com os camponeses, fortalecendo a resistência contra um regime que concentrava a terra e o poder nas mãos de poucos. Fato que persiste nos dias atuais.

Sua morte na Guerrilha do Araguaia, em 1972, e o desaparecimento de seu corpo, fato que faz com que sua irmã Sonia Haas, com determinação heroica dedica sua vida à procura do corpo para um sepultamento como rito de nossa cultura, simbolizam a brutalidade do que é o regime militar que atua sistematicamente para apagar vestígios de sua repressão assassina. A Guerrilha do Araguaia, por sua vez, é um dos episódios mais sombrios e emblemáticos da repressão terrorista estatal, revelando a violência extrema, o terror que impunha contra opositores e populações, e a negação sistemática de direitos humanos básicos.

 

Resgate da Memória e o Papel do Documentário

O documentário, exibido como pré-lançamento na UFMA em Imperatriz, na noite de ontem, 26/11/2024, cumpre uma função didática-pedagógica e política ao romper com o pacto de esquecimento promovido pela ‘transição democrática’ no Brasil. Ao retratar a vida de Juca, o filme dá rosto e humanidade às vítimas do autoritarismo que as apresenta mentirosamente como “terroristas” “comunistas”, desafiando a narrativa oficial que, por décadas, tenta deslegitimar movimentos de resistência ao rotulá-los exclusivamente como “ameaças comunistas”. Inimigo fabricado falsamente por falsos patriotas e alimentado pela direita e suas distensões ideológicas como a extrema-direita e fascinazistas!!

Esse tipo de produção cultural é essencial não apenas para preservar a memória histórica, mas também para instigar reflexões sobre o presente. Ao trazer à tona os horrores do terrorismo de uma ditadura que se justificava pelo combate ao comunismo – um inimigo inventado falsamente por falsos defensores da pátria e alimentado pela direita e suas distensões ideológicas como a extrema-direita e fascinazistas – o documentário lança luz sobre os riscos de retrocessos democráticos, dando lugar a mais uma ditadura. A narrativa dialoga diretamente com o contexto contemporâneo, onde discursos autoritários e golpistas reaparecem sob as mesmas justificativas frágeis de outrora.

 

Crítica ao Silenciamento Histórico
A história de Juca reflete a resistência contra um regime terrorista que buscava apagar os rastros de sua repressão assassina, criando um vácuo de memória sobre as violações cometidas. Documentários como Doutor Araguaia desempenham um papel reparador, ao preencher esse vácuo e convidar a sociedade a confrontar as injustiças do passado.

 

Além disso, ao destacar as ações humanitárias de Juca – como médico e defensor dos direitos dos mais pobres –, o filme desconstrói estereótipos que reduzem os guerrilheiros a figuras subversivas!! Violentas!! Terroristas!!  Que devem ser eliminadas!! Essa abordagem documental oferece uma visão mais complexa e justa da luta pela democracia, valorizando o compromisso ético e social-humanista que muitos desses militantes carregavam.

Relevância para o Brasil Atual
A exibição do documentário em um momento em que o Brasil enfrenta desafios democráticos devido às ameaças concretas de antidemocráticos é um chamado urgente para a reflexão coletiva preventiva. As tentativas atuais de deslegitimar instituições democráticas e reinstalar militarmente práticas autoritárias-ditatoriais evidenciam a importância e necessidades de revisitarmos episódios como a Guerrilha do Araguaia. Compreender o passado é crucial para evitar que erros semelhantes se repitam.

 

Considerações finais
Doutor Araguaia não é apenas um tributo à memória de João Carlos Haas Sobrinho, mas também um alerta e uma inspiração. Ao contar a história de um médico que sacrificou sua vida pela justiça social e democracia, o documentário nos lembra do poder transformador do compromisso ético e da resistência coletiva. Em tempos de ameaças à democracia, como estamos a vivenciar, resgatar essas narrativas é um ato de resistência e esperança para as gerações presentes e futuras.

 

Doutor Araguaia é mais do que um documentário; é um chamado à ação para todos os brasileiros. Ele nos convida a lembrar, refletir e lutar por uma sociedade mais humana, justa e democrática. Ao trazer à luz histórias como a de João Carlos Haas Sobrinho, Edson Cabral e Sonia Haas não apenas homenageiam os mártires da luta pela liberdade, mas também inspiram novas gerações a continuar essa luta. O povo brasileiro precisa conhecer essa história — não apenas para honrar os que vieram antes, mas para garantir que tais injustiças nunca mais se repitam.

 

Seus algozes têm como lema: “patriota não é quem morre pela pátria, mas quem mata pela pátria”. ISSO NÃO É VERDADE!! PATRIOTA é quem morre pela sua pátria/gente!! E quem os mata dizendo ser patriota de verdade, é na verdade, ASSASSINO DE PÁTRIA/PATRIOTA.

 

Em 27 de novembro de 2024

Professor Negreiros[*], Deuzimar Menezes – Consultor Educacional e Ambiental Transdisciplinar

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Fonte para a fundamentação: de minhas conclusões originadas de interpretações e entendimento de OBSERVAÇÕES DIRETAS E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS [Empirismo como causa-raiz]… – consultas/pesquisas em livros…, web; seleção, elaboração, adaptação, produção, organização e conclusão dos conhecimentos obtidos e apreendidos nas escutas ativas, leituras e estudos em fontes diversas feitas por mim, Prof. Negreiros Deuzimar Menezes, em meu acervo-biblioteca, que fundamentam minhas conclusões, e escrevê-las no dia de hoje, aos 68a, 11m e 27d.

?    Professor[*] Transdisciplinar; Pós-Graduado em Docência da Educação Superior; Gestão e Educação Ambiental; Gestão em Auditoria e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema Prisional. Especialista em Direito e Legislação Educacional. Graduado em Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalismo –DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente e Fundador em 1997, da Fundação Brasil de Fomento a Educação Ambiental e Humanística. Empirista, Panteísta. Ambientalista praticante da Teologia Ecológica Regenerativa. Consultor; Livre Educador Filo-eco-poli-social Transdisciplinar. Ativista Ambiental Independente; Livre Pensador-Subversivo-Radical conforme conceito de Paulo Freire. Não-Materialista. Sem emprego. Sem aposentadoria. Sem renda!! E que aqui se encontra em auto-exílio, num canto, na floresta da RPPN, sua propriedade desde 1980, em um lugar qualquer deste vasto planeta que se encontra sendo assassinado por [pró]acumulador-capitalista Antiflorestas; Antinatureza; AntiSagrada Nossa Mãe Natureza.

 

prof.negreiros@gmail.com  //  institutouniversidadepanameria@gmail.com  //  55 99 98154 0899 – WhatsApp

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[*] “Professor [de Professo…] não “dá aula/s”. Portanto, Professor não é quem “dá aula/s”, quem ministra aulas. Morfológica e Etimologicamente, Professor (de Professo…) é quem Professa, Profetiza, Profere… e Proclama Conhecimento, Saber/doria!! Significa Historiador e Profeta porque uma profecia que profere e se realiza transforma-se em História!!” – Professor* Negreiros/Deuzimar Menezes Negreiros – Consultor Educacional e Ambiental Transdisciplinar