Relação entre comida e emoção
Gilza Pacheco
Por que todas as nossas emoções se relacionam com o que comemos?
Estaria a comida longe de ser o único prazer verdadeiro em nossas vidas?
A comida não é apenas uma consequência: é também a origem de nossas emoções.
Certo é que, esconder nossos sentimentos na comida não é a solução dos nossos problemas.
A compulsão por comer ou a simples falta de vontade de comer escondem problemas que precisam ser resolvidos. Entender isso e assumir o controle desses sentimentos é tanto libertador quanto capaz de harmonizar cada pessoa com seus próprios sentimentos e elevar a autoestima.
Quando percebi, no meu caso, como era simples me alimentar, ou no caso de outras pessoas, acabar com a compulsão alimentar, comer o que seu corpo pede quando você está com fome e parar quando está satisfeita – foi como se estivesse pulando para fora da vida como eu vivia, um dia somente com água era o suficiente, de repente, descobri como se estivesse amarrada, presa com amarra, sendo que tudo o que precisei fazer – tudo que precisava ser feito – foi tirar as amarras, soltar a fixação no ego e deixar de me identificar com ele, permitindo-me adquirir uma grande liberdade interior.
A maioria das pessoas fica tão envolvida com a intransigência do problema comida-peso que não consegue ver que ele se deve em grande parte a nossa recusa em largar as amarras.
Queremos que façam, queremos que nos consertem, mas como a resposta não se encontra onde estamos procurando, nossos esforços estão fadados ao fracasso.
Libertar-se da obsessão não está ligado a algo que se possa fazer. Trata-se de saber quem você é. Trata-se de reconhecer o que mantém e o que a deixa exausta. Reconhecer o que você ama e o que acha que ama porque acredita que não pode ter.
Confie no seu desejo de liberdade. Consequentemente, irá querer parar de fazer qualquer coisa que interfira no crescente brilho que passou a associar com estar viva.
Você não é um erro! Você não é um problema a ser resolvido, mas não vai descobrir isso até estar disposta a sair da prisão, por você mesma criada, e a dissipar o medo. O poeta e mestre espiritual sufi Rumi, Nascido no atual Afeganistão, no século XIII, e cultuado em todo o mundo, escrevendo sobre pássaros aprendendo a voar, concluiu: “ Como eles aprendem? Eles caem e, caindo, ganham asas! “.











