A Aldeia Massacará, do povo Kaimbé, em Euclides da Cunha, está sediando a partir desta segunda-feira (16), até sexta (20), o VIII Fórum de Educação Escolar Indígena do Estado da Bahia. Com o tema “Educação escolar Indígena: autonomia curricular e gestão dos saberes ancestrais nas escolas indígenas”, a atividade reúne cerca de 900 pessoas, entre lideranças, gestores, professores e coordenadores pedagógicos indígenas. São mais de 30 etnias envolvidas dos municípios de Ibotirama, Muquém do São Francisco, Ilhéus, Buerarema, Pau Brasil, Prado, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Banzaê, Euclides da Cunha, Glória, Abaré, Rodelas e Paulo Afonso.

Realizado pelo Fórum de Educação Indígena da Bahia (Forumeiba) e apoiado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), dentre outras instituições, o fórum tem o objetivo de promover a formação para os educadores, o diálogo, o respeito e a valorização das identidades e especificidades de cada povo indígena, bem como fortalecer o conhecimento e pertencimento dos saberes ancestrais no âmbito escolar.

O coordenador da Educação Escolar Indígena da SEC, Niotxarú Pataxó, destacou que o Fórum é um espaço de escuta, de diálogo e fundamental para colher demandas, mas também para apresentar os avanços promovidos pelo Governo da Bahia na Educação Escolar Indígena. Ele lembrou a implantação do piso salarial do magistério indígena e a recente nomeação por concurso público de coordenadores pedagógicos indígenas.  “Sem dúvida, os fóruns são espaços necessários para subsidiar a SEC sobre os programas e projetos desenvolvidos no âmbito da Educação Escolar Indígena e que venham a somar com o conjunto de ações realizadas para a melhoria e manutenção da qualidade educacional desta modalidade de ensino”, afirmou.

Leidiane Tumbalalá, secretária executiva do Forumeiba, disse que a segunda-feira foi dedicada ao acolhimento das delegações. Para ela, este encontro é uma grande celebração e engajamento pela garantia de direitos dos povos indígenas. “O Fórum tem um histórico de lutas e parcerias pela Educação Escolar Indígena. É orgânico e autônomo no sentido de debater, mediar e construir junto com a coletividade, pensando e defendendo a sua qualidade. Nesta semana, serão debatidos temas muito importantes para a construção que defendemos para a melhoria da educação diferenciada, de acordo com as especificidades dos povos indígenas da Bahia”, destacou.

 

 

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