Viajar: conhecer o mundo para além dos muros da escola
Anna Lívia Ribeiro
Desde o início dos tempos, o ser humano teve diferentes motivos para se deslocar. Mesmo antes de nós nos entendermos por humanidade, desde a época pré-histórica, há registro de deslocamentos dos nossos ancestrais humanos, isso é algo natural: várias espécies animais também realizam essas mudanças de lugar esporadicamente, de acordo com o clima, com a disponibilidade de alimentos, etc.
O que nem todos sabem é que o turismo já nasceu pedagógico. Sabe-se que no século XVII ganha força o costume de mandar, apenas, os jovens aristocratas ingleses para fazerem um Grand Tour, pela Europa, ao final de seus estudos. O objetivo das viagens dos cavalheiros de então era complementar sua formação, adquirir certas experiências, educar e refinar os seus costumes sociais.
Turismo e Educação são duas áreas semelhantes que estabelecem correlação espaço/cultura e a prática turística constitui-se processo essencialmente pedagógico de aprendizagem constante, englobando diversas áreas do conhecimento.
Como atividade educativa, o turismo é uma valiosa oportunidade de promover o aprendizado para além dos muros das escolas, permitindo que os estudantes levantem hipóteses, descubram novos conhecimentos e vivenciem na prática o que aprenderam nesses espaços.
Permite que eles entrem em contato com certas dimensões da realidade que não estão nos livros. In loco, buscam significado para o que observaram e o relacionam com fatos já estudados desenvolvendo habilidades importantes para a sua formação integral.
Quando digo escolas, estou dizendo que qualquer instituição de ensino pode realizar as viagens pedagógicas, inclusive o ensino superior. Turismo e Educação constituem-se em uma fonte de enriquecimento cultural e pedagógico que proporciona aos estudantes uma vivência única aonde poderão construir e reconstruir as imagens e percepções que têm da paisagem local, conscientizando-se de seus vínculos afetivos e de identidade com o lugar no qual se encontram inseridos.
Há sempre o que se aprender em uma viagem. E, quanto mais curioso for o viajante, mais conhecimento ele traz das suas andanças, mesmo aquelas que sejam feitas nas ruas do seu bairro.
É importante dizer que as viagens pedagógicas devem fazer parte de um projeto de turismo educacional sistematizado e estratégico da escola.
Você sente que está na hora de vivenciar novas experiências para ampliar o olhar e interagir com outras formas de educar?
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Anna Lívia Ribeiro é Ilheense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduanda em Gestão em Turismo, Agente de Viagens.
Parabéns Ana Lívia
Palavras exatas sobre as possibilidade do turismo pedagógico. O planeta é vasto e belo com infinitos arranjos culturais.
Também quero ir.