Os produtores da Feira Cultural Agroecológica e Orgânica de Itabuna, voltaram a vender os alimentos no saguão da Câmara de Vereadores. Nesta quinta-feira, dia 11, entre 7 e 11 horas, a atividade foi retomada depois de quase um ano sem funcionar por conta da pandemia do novo coronavírus.

A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente apoia a Feira Orgânica, organizada pela Rede de Agroecologia e Certificação Participativa dos Povos da Mata, para incentivar pequenos agricultores do município a também participar da iniciativa.

“É uma oportunidade para que elevem na sua renda. Está comprovado de que produtos comercializados com a certificação orgânica têm incremento de até 40% sobre o valor de mercado”, afirma o diretor de Agricultura, Rodrigo Haun. Ele cita que o município tem cerca de oito mil pequenos agricultores e a Secretaria de Agricultura vai auxiliá-los na buscar da certificação dos produtos que cultivam no campo.

A Feira Agroecológica reúne agricultores de várias cidades e faz parte da rede de agroecologia, Povos da Mata. “Nossos alimentos são certificados e sem produtos químicos. Nos preocupamos com o bem-estar da natureza e das pessoas”, garantiu Cláudio Lyrio, um dos coordenadores.

Ele destacou a importância do apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. “Fizemos essa parceria com a Prefeitura e com a Câmara de Vereadores para usar o saguão do Espaço Cultural Josué Brandão. Totens com álcool gel, máscaras e água para os feirantes nos foram fornecidos”, comemorou Lyrio.

A Feira contribui para movimentar a economia de quase todas as regiões do Estado. “Temos feirantes de Barro Preto, Ilhéus e Ibirapitanga, no sul; Irecê, no norte, e Vitória da Conquista, no sudoeste”, disse Cláudio Lyrio, que acredita que a oferta de produtos orgânicos vai aumentar.

Única moradora de Itabuna a vender os alimentos na Feira Cultural Agroecológica e Orgânica, a agricultora Débora Setenta disse que no período de inatividade da feira chegou a fazer delivery. “Cultivamos várias frutas, entre elas, laranja, limão e fruta-pão. Precisamos vender produtos saudáveis, principalmente nesse momento de pandemia”, falou.

Débora, que foi certificada no ano passado para a Feira Agroecológica, acredita que as pessoas precisam ter a consciência de consumir produtos saudáveis, sem agrotóxicos. “Hoje de fato é meu primeiro dia aqui. Estou muito feliz, pois, as pessoas já começaram a entender a importância da agroecologia para suas vidas”, disse.