cloriquinaA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia esclarece que do ponto de vista técnico-científico, não há até o presente momento, tratamento medicamentoso eficaz para a Covid-19. Com base nas manifestações da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Anvisa, o Centro de Operações de Emergência em Saúde da Bahia (Coes) não recomenda a utilização de quaisquer medicamentos para prevenção ou tratamento da Covid-19 sem que haja eficácia comprovada ou que este uso seja feito em ambiente controlado de ensaios clínicos. Essa recomendação de não uso inclui, com maior ênfase, cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.

No entanto, cabe esclarecer, que pacientes com diagnóstico de coronavírus (Covid-19) ou não, podem ter outras patologias associadas, como hipertensão, diabetes, dentre outras. No que tange as aquisições de ivermectina por duas unidades estaduais, a resposta é simples e não tem qualquer relação com o coronavírus: o fármaco faz parte do grupo dos antiparasitários com ação em vários vermes e parasitas como os nematódeos, em especial o Strongyloides stercoralis, além de combater ácaros como o Sarcoptes scabiei, entre outros.

Não pode-se permitir, portanto, o desabastecimento de unidades hospitalares, sob risco do não tratamento de diversas infecções, tais como:

Estrongiloidíase intestinal, causada por Strongyloides stercolaris;
– Oncocercose, cuja origem é o parasita Onchocerca volvulus;
– Elefantíase (filariose), cuja origem é o Wurchereria brancrofti;
– Lombriga (ascaridíase), causada pelo Ascaris lumbricóides;
– Sarna (escabiose), originada pelo ácaro Sarcoptes scabiei;
– Piolhos (pediculose), causada pelo ácaro Pediculus humanus capitis.